Crítica | A intrigante e alucinante viagem por Última Cidade

Seguindo com a ideia do universo distópico, Última Cidade é quase uma versão (ainda mais sinistra) de 3%, a produção brasileira da Netflix.

Intrigante, misterioso e alucinante. São as 3 palavras que marcam a estreia de Victor Furtado no universo dos longas metragens com o premiado Última Cidade, após fazer sucesso com o curta Meu Amigo Mineiro de 2019.

Trazendo o gostinho de uma distopia brasileira, a produção se passa no Nordeste e conta a história de um homem que, ao lado de seu cavalo e um andarilho, busca a rota para a nova cidade com o objetivo de se vingar daquele que tomou suas terras e acabou com sua família. Diretamente inspirado pela obra de Miguel de Cervantes, o longa também trás características de “Dom Quixote” em sua produção.

Marrevolto Filmes (crédito/rprodução)

Seguindo com a ideia do universo distópico, Última Cidade é quase uma versão (ainda mais sinistra) de 3%, a produção brasileira da Netflix. A incrível fotografia de Victor de Melo e a intrigante trilha sonora de Pedro Fonseca, são características primordiais para instalar o mistério e abrir os caminhos para essa alucinante história.

Apesar de se enquadrar como ficção científica, o longa de Victor Furtado abraça uma crítica ao domínio e interesse de grandes chefes milionários por terras desprovidas de investimentos buscando apenas a riqueza em matéria para se autobeneficiar. Adentrando, ainda, no gênero documental o faroeste quase-pós-apocalíptico com uma pitada de sci-fi, conta com delicados contos em um breve momento de sensibilidade.

Tendo sua primeira exibição na 30º edição do Cine Ceará — Festival Ibero Americano em 2020, a curiosa e brutal produção nacional estreia no dia 21 de Julho deste ano com roteiro de Thiago Mendonça e Victor Furtado com colaborações de Pedro Diógenes, Laila Pas, Thais de Campos, Julio Adrião, Hector Briones.

Nota: 55/100

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