Crítica | Fada Madrinha é a Disney em seu lado mais leve, divertido e mágico

Aquele combo perfeito que torna um filme de conto de fadas, um filme Disney.

A Disney tem essa magia em retratar as coisas de forma a nos emocionar seja qual for o assunto (obrigado Walt!). Aqui em Fada Madrinha (ou Godmothered em inglês) não foi diferente.

Em Fada Madrinha acompanhamos a aventura de Eleonor (Jillian Bell), uma aprendiz de fada madrinhas, ao tentar trazer de volta o espírito e crença das pessoas em Fadas Madrinhas, que infelizmente se perdeu ao longo dos anos. Sem isso, as missões para as fadas madrinhas começaram a desaparecer e com isso, toda a linhagem pode se tornar inativa. Esperançosa que só, Eleonor começa a matutar ideias para que a Terra-Madrinha (ou Motherland) não seja extinta com essa falta de crença. Ao encontrar uma cartinha de Mackenzie Walsh (Isla Fisher) quando criança clamando por seu final feliz, Eleonor imediatamente sai em busca de aventura determinadíssima a resolver isso e salvar a todos.

A premissa parece ser bobinha, ou um conjunto de vários aspectos da fórmula ‘Disney de contar uma história’, mas ao dar o play você percebe que não se trata apenas disso. A mensagem, como em todo filme da Disney, é algo leve e mágico (e aqui ainda mais), que fica bem clara com a direção de Sharon Maguire (Bridget Jones), relativamente nova nessa seção de comédia fantasiosa. No comando do roteiro temos a dupla Kari Granlund e Melissa Stack, pontos importantes que adicionam essa sensação de ‘felizes para sempre’.

Diferente de um conto de fadas convencional, ao mesmo tempo que busca se apegar à referências passadas que deram muito certo e até ajudaram a construir a história da Disney, Fada Madrinha mistura a vida real como sua maior força de ataque mostrando que olhar além da bolha ainda é algo que exige esforço, mesmo que para uma fada madrinha.

Sem dúvidas, um dos melhores destaques fica a cargo de Jillian Spaeder Shea, a Jane Walsh, que tem um voz incrível e protagonizou um dos melhores momentos do filme com sua interpretação intimista da música ‘Rise Up’ da Audra Day.

Uma comédia bem leve e gostosa centrada no Natal e que nos faz até dar uma choradinha enquanto torce para as coisas darem certo, mesmo que a certeza de que isso vá acontecer esteja ali desde o início do filme. Jillian Bell desempenha seu papel de forma descontraída repleto de trejeitos mágicos, sem deixar de lado a inocência ao se adentrar na realidade humana e trazer momentos cômicos que te extraem boas risadas. Aquele combo perfeito que torna um filme de conto de fadas, um filme Disney.

Assista ‘Fada Madrinha’ no Disney+.

Nota do autor: 80/100

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