Crítica | Detetive Pikachu seria o começo de uma possível grande franquia?

Pikachu ganha vida no mundo real em um filme que consegue nos proporcionar o que nossa criança interior sempre sonhou.
Pikachu
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É impossível afirmar que os monstrinhos de bolso não fizeram parte de pelo menos alguma parte da sua vida, mesmo que pequena. Desde o lançamento do primeiro jogo da franquia multi milionária, Pokémon Red e Pokémon Blue, nos apegamos na ideia de como seria esse mundo em uma versão live action.

Quando Detetive Pikachu foi anunciado confesso que não fiquei muito empolgado, afinal não tinha relação nenhuma com os jogos originais ou até mesmo com o anime lançado em 1997 e que atualmente se encontra em sua 22ª temporada, mas quando o primeiro trailer foi lançado é que pudemos ver o quão maravilhoso poderia ser.

A história da nova aventura é gostosa de acompanhar mas peca em alguns sentidos.

No filme conhecemos Tim Goodman (Justice Smith), um garoto que não quer ter um parceiro Pokémon de forma alguma. Em um certo dia, Tim é convidado para ir até a Ryme City já que o seu pai Harry Goodman, cujo ele não via há vários anos, é dado como vítima de um acidente de carro. Mesmo relutante, nosso protagonista vai até a cidade que é uma das das grandes sacadas do filme.

Diferente dos jogos onde cada pessoa pode ter até seis Pokémon em sua equipe, em Ryme City as batalhas Pokémon foram banidas para que humanos e Pokémon possam viver em total harmonia e cada habitante tem somente um parceiro, o que é uma ideia brilhante e ousada para a primeira adaptação cinematográfica live action da franquia.

É quando Tim chega no apartamento de seu pai que temos o primeiro contato com o personagem principal do filme, Pikachu (Ryan Reynolds) que está completamente sem grande parte de suas memórias, lembrando apenas que ele era o parceiro de Harry. Sendo assim, os dois começam a investigar o que de fato aconteceu com o pai de Tim e sua primeira pista é um frasco com um conteúdo roxo apenas chamado de R. 

Seu público foi bem definido e isso foi um acerto gigantesco.

O desenrolar do filme é cheio de humor e reviravoltas sendo mega gostoso de assistir e encantando qualquer criança ou adulto. O que pode ser chato para alguns e bom para outros é o fato de  que grande parte do filme é focada somente nos Pokémon da primeira geração, o que claro é uma jogada pra atrair quem ainda só conhece os monstrinhos originais, mas para quem acompanha a franquia até hoje pode ser um pequeno desapontamento, mas bem pequeno mesmo já que é possível ver Pokémon de diversas gerações.

Os cenários criados também merecem um super elogio, o CGI é de qualidade e é feito justamente no ponto para que a gente possa imaginar como seria ter um parceiro Pokémon e morrer de amores pela fofura dos bichinhos.

O que nos leva ao fim do filme que, por mais que não seja o melhor final possível e com um plot twist meio previsível, acaba sendo um bom encerramento para um filme leve de assistir em um domingo à tarde com os amigos ou família. A experiência vale muito a pena pra você que é fã ou que só quer um filme divertido que vai fazer você sair do cinema com um sorriso no rosto.

O mais interessante é saber que os roteiristas vão ter um super desafio para a sequência já confirmada do filme de acordo com o que foi mostrado no final do primeiro. Teremos que aguardar um tempo para descobrir quais mistérios ainda faltam ser revelados e como eles farão para a volta triunfal do pequeno rato elétrico.

Quem sabe não seja o futuro de uma boa e nostálgica franquia?

Em tempos de universos cinematográficos como os da Marvel e da DC, é só uma questão de tempo até que consigam achar uma fórmula para criar um universo Pokémon para as telonas, e Detetive Pikachu sem dúvidas é um ótimo começo para o que possivelmente venha a ser uma ótima franquia de se acompanhar. Então corra até o cinema mais próximo pra garantir que você participe do nascimento desse novo universo.

Nota do autor: 87/100

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