O sábado de Lolla já não começava com a melhor das premissas, o cancelamento da headliner Blink-182 deixou o público, especialmente aqueles que tinham comprado o ingresso exclusivo do dia, bastante decepcionados. Se as expectativas já não eram altas para o dia como um todo quem dirá para os primeiros shows da line, que inclusive haviam viralizado no dia anterior pela escassez de público.
Diante de toda adversidade Carol Biazin mostrou o porquê de estar alcançando seu lugar no pop nacional. Iniciando o show ás 13:05 precisamente, a ausência de público não foi problema para cantora, que não só levou uma boa multidão para o Palco Adidas como demonstrou que possui uma base de fãs assíduos, que entonaram alto as recém lançadas faixas do álbum “Reversa”.
O show em questão foi a estreia do álbum nos palcos e soube abusar de todo o potencial visual da obra. Destaque para a canção “Glitter” que fez o público sair do chão à convite de Biazin, provocando uma explosão no palco com a performance.
Para uma cantora que, inicialmente, ganhou visibilidade por sua participação “fora dos palcos”, compondo para artistas como Luísa Sonza, Vitão e Rouge, Carol mostrou que está muito á vontade com os holofotes e dominou o palco esbanjando sensualidade nas canções “Brinca com a” e “Playlist de Sexo”, com direito a solo de guitarra na última.
Com muito glamour mas sem deixar de lado a simplicidade grandiosa de seu vozeirão potente, responsável por alavancar seu nome em um primeiro momento, Carol Biazin mostrou que têm domínio da voz, agraciando o público não só com o “Ato III” da “Garota Infernal” mas também em suas baladas mais sentimentais, com direito a uma releitura de “Malandragem” da eterna Cássia Eller.
Biazin mostrou mais uma vez que veio para engrandecer a cena do pop nacional, deixando quem estava só de passagem admirado e quem já conhecia com sentimento de que valeu a pena enfrentar os percalços de chegar ao festival mais cedo.
