5 trilogias que merecem seu tempo

Entre alta fantasia, romance e ficção, essas narrativas clássicas mostram que quanto mais, melhor

Um é pouco, dois é bom e, no caso dessas sequências, três não são demais. Enquanto um dos maiores desafios da indústria cinematográfica é dar continuação a histórias e aos personagens queridinhos do público nas telonas — e não perder a essência ou a mão no meio do caminho —, algumas franquias têm sucesso ao revisitar universos e trazer novas perspectivas para filmes já familiares. 

Essas trilogias são um exemplo disso: com cada volume trazendo um pedaço novo do mesmo conceito criativo ou repartindo a narrativa, entre três longas, com a mesma qualidade, cada pedaço vale a pena a maratona.

“O Senhor dos Anéis”, Peter Jackson 

Baseado nos livros de alta fantasia do escritor britânico J. R. R. Tolkien, “O Senhor dos Anéis” é um dos universos mais emblemáticos do cinema — e não sem motivo: com bilheteria conjunta de cerca de U$3 bilhões e 30 indicações ao Oscar, a história situada na Terra Média conquistou uma massa de fãs ao redor do mundo. 

Mais do que uma trilogia, já que cada filme pode ser desfrutado por si só, e atemporal, “A Sociedade do Anel” (2001), “As Duas Torres” (2002) e “O Retorno do Rei” (2003) se juntam para contar a história do jovem hobbit Frodo Bolseiro em sua missão de destruir o artefato de poder “Um Anel” e seu criador, o Senhor das Trevas Sauron. 

Os filmes, dirigidos por Peter Jackson, prometem aventura, efeitos especiais e worldbuilding intrincado a cada volume. 

“O Cavaleiro das Trevas”, Christopher Nolan

Christopher Nolan domina a missão de contar a história de um super-herói já conhecido por tantos na trilogia “O Cavaleiro das Trevas” (2008). Com Heath Ledger como o icônico Coringa e Christian Bale como Batman, os volumes mostram como se aborda o arquétipo do herói no cinema com excelência, misturando na narrativa elementos de escuridão, ação e crime ao que já tinha sido narrado nas HQs. 

Embora o último longa, “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012), seja controverso entre os fãs, os três volumes são referência em storytelling, atuação e direção dentro do gênero e solidificam um recorte mais humano e realista da DC Comics.

“Antes do Amanhecer”, Richard Linklater

“Antes do Amanhecer” (1995) começa de repente. Acompanhando o encontro de Jesse com a francesa Céline em um trem na Europa, o filme mostra as primeiras (e últimas) 24 horas do casal enquanto exploram Viena. E a graça da sequência é que ela não para na promessa de reencontro feita no fim do primeiro filme: “Antes do Pôr do Sol” (2004) e “Antes da Meia-Noite” (2013) revisitam os personagens em diferentes momentos da vida, dando um gostinho, entre as indas e vindas, de mais para um roteiros clássicos de romance do cinema. 

“Amor à Flor da Pele”, Wong Kar-Wai

Uma trilogia não oficial — mas composta de volumes ambientados no mesmo universo criativo —, a sequência de filmes lançados pelo diretor Wong Kar-Wai entre os anos 1990 e 2004 converge em um tema: o amor e as complexidades das relações humanas. “Dias Selvagens” (1990), “Amor à Flor da Pele” (2000) e “2046” (2004) mergulham, especialmente, em temáticas do amor por meio de diálogo curtos, paleta de cores vívida, personagens tridimensionais e uma experiência imersiva na arrojada Hong Kong dos anos 60. 

Um dos cineastas mais influentes do século, o honconguês cravou o seu espaço no audiovisual com essa mistura característica de narrativas melancólicas e imprevisíveis, estéticas marcantes e que circulam no tempo.

“O Poderoso Chefão”, Francis Coppola 

Uma reflexão à frente do seu tempo sobre poder, família e honra. 50 anos depois, “O Poderoso Chefão” (1972) permanece influente e é considerado uma das melhores sequências de todos os tempos. Essencial na lista de todo o cinéfilo, os três filmes de Francis Coppola contam a história da família mafiosa Corleone, interpretada por grandes nomes como Al Pacino e James Caan. 

Um fenômeno cultural e clássico, a trilogia inspirou outras sequências e spin-offs que espelham as suas performances premiadas, personalidades complexas, uso de sombras e personalidades complexas — e, claro, muita violência.

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