Algumas das histórias mais marcantes da Disney chegaram ao mundo muito antes de estarem na telinha do Disney+. Você sabia que muitas delas conheceram o mundo primeiro pelas páginas de um livro?
Queremos apresentar a você algumas produções disponíveis no Disney+ que foram inspiradas em obras literárias. Das lendas arturianas a mais de uma centena de dálmatas, alguns deles você nem imaginava que tivessem sido escritos primeiro em papel.
Vem pra listinha:
101 Dálmatas
Muito antes de Cruella de Vil ser encarnada por Glenn Close em 1996 ou ser habilmente desenhada pelo animador Marc Davis em 1961, a personagem criou vida pelas mãos da escritora britânica Dodie Smith, em 1956.
Ao contrário do enredo do filme, no entanto, que conta a história do casal de cães Pongo e Prenda e seus donos Roger e Anita, o livro possui alguns personagens diferentes. Na história, Pongo é “casado” com uma dálmata chamada Misses e pertence ao senhor e senhora Dearly.
Os dois cachorros têm uma ninhada grande e, enquanto seus donos procuram ajuda para alimentá-los, cruzam com uma cadela perdida que recebe o nome de Perditta. Ela explica a Pongo que também deu à luz recentemente, mas seus filhotes foram roubados. Logo em seguida, o mesmo ocorre à ninhada de Pongo, que é tomada por Cruella.
Os criadores da animação da Disney resolveram fazer da história uma espécie de comédia romântica. Para isso, os casais (tanto de dálmatas quanto de humanos) iniciam o filme sozinhos e logo se apaixonam. Assim, descartaram a senhora Dearly e a dálmata Misses, criando Anita e Prenda, que, em inglês, se chama Perdy: uma mistura que resulta em Perdita.
Pinóquio
O livro original, escrito por Carlo Cllodi em 1881, chamava-se As Aventuras de Pinóquio e daria origem ao filme de 1940 batizado apenas com o nome do protagonista.
A história foi originalmente publicada em série como A História de um Fantoche, sendo uma das primeiras revistas semanais italianas para crianças. A publicação parou depois de quase quatro meses, mas, por demanda dos leitores, os episódios foram retomados.
A obra é considerada por críticos como um ícone universal e metáfora da condição humana, conhecida como uma peça canônica da literatura infantil. O filósofo Benedetto Croce a considerou uma das maiores obras da literatura italiana.
E, ao contrário da maioria das adaptações de contos clássicos feitas pela Disney, a história original também possui um final feliz.
Tarzan
Você sabia que apesar de Tarzan ter tido apenas algumas adaptações pela Disney, sua história original conta com 24 livros? Eles foram escritos pelo norte-americano Edgar Rice e publicados entre 1912 e 1966, seguidos por vários romances co-escritos por Burroughs ou oficialmente autorizados por sua propriedade.
A série é considerada um clássico da literatura e é a obra mais conhecida do autor. Algumas diferenças também podem ser observadas entre o primeiro livro e a adaptação do filme pela Disney em 1999. O pai de Tarzan, por exemplo, é morto pelo rei dos macacos na versão literária, em vez de um leopardo; e a mãe gorila do protagonista é, mais tarde, caçada por uma tribo local, o que coloca Tarzan em antagonismo com os humanos.
O Corcunda de Notre Dame
Leia curiosidades sobre a animação
Aqui temos o caso de uma história transformada quase por completo pela Disney. A original, escrita por um dos maiores autores da França, Victor Hugo, é bem mais sombria.
Publicada em 1831, a obra tem como ponto central não Quasímodo, o protagonista do filme animado, mas sim a própria catedral francesa de Notre Dame, um dos pontos principais de Paris. A história busca descrever com detalhes a arquitetura da igreja, além de mostrar a relação hipócrita dos homens da Igreja da época.
A animação de 1996, no entanto, conta não só com um final feliz (alerta de spoiler: o que não ocorre no livro), como também com um desenvolvimento maior do personagem-título e sua relação com a dançarina Esmeralda.
Os Eleitos
A série original do Disney+ é uma adaptação de um dos clássicos da não-ficção norte-americana escrito por Tom Wolfe, que conta a história dos pilotos envolvidos na pesquisa dos Estados Unidos pós-guerra com aeronaves de alta velocidade movidas a foguetes experimentais e as histórias dos primeiros astronautas do Projeto Mercury selecionados para o programa espacial da NASA.
O livro, publicado em 1979, é baseado em extensa pesquisa de Wolfe, que entrevistou pilotos de teste, os astronautas e suas esposas, entre outros. Segundo o autor, a ideia foi inspirada pelo desejo de descobrir por que aqueles homens aceitaram o perigo do voo espacial.
Ele relata os enormes riscos que os pilotos de teste já estavam correndo e as características mentais e físicas (as que os tornam “os eleitos”) exigidas e reforçadas para que enfrentem o que viveram.
Wolfe compara os astronautas a “guerreiros de combate individual” de uma era anterior que receberam a honra e a adoração de seu povo antes de partirem para lutar em seu nome.
As Crônicas de Nárnia
O filme de 2005, O leão, a feiticeira e o guarda roupa, é o primeiro episódio da série de livros criada pelo britânico C. S. Lewis, ambientada na terra mágica de Nárnia, uma realidade paralela que só pode ser acessada de maneiras especiais.
O livro, publicado em 1950, conta a mesma história do longa: como os irmãos Pevensie são afastados de sua família devido à evacuação de Londres na Segunda Guerra Mundial e vão morar no campo com um estranho professor. Lá, eles encontram acidentalmente um portal para Nárnia enquanto brincam de esconde-esconde.
A partir daí, eles irão descobrir que eram esperados pelos habitantes da terra para ajudarem no combate à tirania da Feiticeira Branca. Em meio à luta, contarão com a ajuda do leão Aslan.