O artista paraibano GUIZZZAO lançou, nesta sexta-feira (12), seu mais novo EP O Gato Fugiu da Gaiola, composto e produzido de maneira completamente autoral. Ao longo das seis faixas, o cantor mescla suas inspirações nacionais e internacionais com suas raízes na música e cultura nordestina.
Gravado em um home studio, focando em experimentação, o novo projeto de GUIZZZAO vem com uma sonoridade de pop-rock indie, com pitadas de tempero inegavelmente brasileiro. Apontando sobre os desafios de criar música no Nordeste, o cantor, produtor e compositor busca apresentar um EP que não solta a mão de suas vivências nordestinas.
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“A música nordestina é extremamente plural em sua cultura, então achei extremamente importante trazer o indie rock com contextos de vivências comuns de jovens nordestinos”, explica ele.“Cresci ouvindo artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, então quando cantava, acabava deixando meu sotaque de lado acidentalmente – e, agora,me treinei para deixar meu falar nordestino aparecer mais”, acrescenta.
Citando referências que vão de Tyler The Creator e The Marías, a Nação Zumbi, Academia da Berlinda e Marisa Monte, GUIZZZAO traz um som que é só seu em O Gato Fugiu da Gaiola. Com só 19 anos, o artista valoriza o potencial sentimental da música — e vê esse projeto como uma oportunidade de expor sua intimidade: “São aquelas músicas que você escuta pulando e dançando no seu quarto, sem ninguém ver, sem julgamentos”.
Tocando guitarra, violão e baixo nas faixas, além de produzir todas, GUIZZZAO afirma que esse projeto também funcionou como uma forma de potencializar suas habilidades musicais. Não abrindo mão dos planos iniciais para cada uma das faixas, mesmo que parecesse algo distante, o artista treinou suas técnicas como instrumentista e fez tudo acontecer.
Nesse segundo EP, já disponível nas plataformas, o artista paraibano finca a bandeira e defende que seu som também é música nordestina. Com mão em todos os aspectos do projeto, GUIZZZAO criou O Gato Fugiu da Gaiola para provar que consegue, sim, correr atrás de seu sonho: “Eu fiz esse projeto para que o GUIZZZAO de 13 anos, que estava começando a se gravar no seu quarto, pudesse se sentir acolhido, visto e amado”, diz ele.
