Analisamos as chances de Killing Eve para o Emmys 2020

A série britânica foi indicada a 8 categorias, dentre elas, a de melhor série de drama.

A trama protagonizada por Sandra Oh e Jodie Comer, mais uma vez foi indicada a Melhor Série Dramática no Emmys 2020. A história da Agente do Governo Britânico, Eve Polastri, tentando capturar a assassina em série, Villanelle, sempre se mostrou cativante, apesar de em alguns momentos a caçada de cão e gato ter se tornado exaustante.

Para aqueles que já conhecem a história de Eve e Villanelle, na terceira temporada a ligação que as duas desenvolveram se mostrou cada vez mais forte. Mesmo que elas tenham tido menos tempo juntas, as duas sempre buscam uma a outra. Villanele se tornou a obsessão na vida de Eve e, desde o primeiro momento, Eve também se tornou a obsessão da vida de Villanelle. 

Sobre a 3ª temporada

A dinâmica das duas chega em seu ápice na 3 temporada e dá um gostinho de quero-mais. Essa ligação vai além de um amor romântico ou atração física, mas dessa vez Villanelle está tentando mudar de rumo. Se antes ela estava confortável em ser um peão dos 9, agora ela quer seu lugar no pódio. Já Eve permanece na sua obsessão pela assassina assim como na primeira temporada.   

sobre a produção

A série que é produzida pela BBC, teve o roteiro da primeira temporada escrito por Phoebe Waller-Bridge, a britânica responsável por Fleabag. Mas a cada temporada as roteiristas-chefe são mudadas, Phoebe se tornou apenas produtora-executiva, Emerald Fennell que ficou responsável pela 2ª temporada também não participou da 3ª, que estava nas mãos de Suzanne Heathcoate.

A mudança de roteiristas a cada temporada é uma jogada arriscada, mesmo que uma temporada seja  escrita por um time de escritores, as diferentes visões de cada roteirista-chefe transforma os rumos das personagens. Por mais que ainda seja interessante acompanhar a trama, na 3ª temporada Villanelle teve mais destaque, com um episódio dedicado inteiramente ao seu passado. Mas aonde fica Eve? A personagem que dá título a série?

apesar da trama feminina ser irreverente, a falta de discussão e protagonismo de sandra enquanto mulher amarela causa controvérsias.

Recentemente, uma das escritoras da quarta temporada publicou um tweet com o print da tela do zoom com time de roteiristas afirmando que terminaram de escrever a 4ª temporada da série. Porém, a falta de diversidade étnica chamou atenção. Por mais que a maioria fossem mulheres, todos eram brancos. Sandra, que é uma atriz de descendência coreana que têm anos de carreira e conseguiu traçar um novo caminho de sucesso depois de Grey’s Anatomy, ainda aparece de lado no protagonismo. Situação essa tão evidente que os fãs da série já levantaram uma hashtag no twitter pedindo mais protagonismo para a ex-intérprete de Christina Young.

Então, Killing Eve têm chances de levar algum prêmio para casa?

Este ano, a série foi indicada a 8 categorias. Contando com Melhor Série de Drama e uma indicação dupla em Melhor Atriz de Drama para Sandra Oh e Jodie Comer – que levou a estatueta ano passado – e Melhor Atriz Coadjuvante para Fiona Shaw.

Jodie Comer levou a estatueta de Melhor Atriz em 2019, no entanto esse ano talvez esse feito não se repita, já que outras atrizes também estão com atuações poderosas.

Na categoria de Melhor Drama, a última temporada da série não é uma das fortes candidatas, já que recebeu críticas mornas e mais duras por parte da crítica especializada.

Outras categorias indicadas:

  • Melhor Música Supervisionada
  • Melhor Narrativa de Produção em Programa Contemporâneo
  • Melhor Produção de Elenco para série Dramática
  • Melhor Figurino Contemporâneo

De qualquer forma, se você ainda não viu a série e ficou curioso para acompanhar a trama, as duas primeiras temporadas estão disponíveis no Globoplay, e a 3ª chega à plataforma dia 28 de agosto.

Apesar de que não ganhe nenhum prêmio importante – o único prêmio para a série até agora foi o de Melhor Atriz – Killing Eve é a série que está ajudando a redefinir a cara dos seriados na nova década, com protagonistas femininas bem escritas e brilhantemente interpretadas, além da construção de um cenário irreverente que mostra desde teorias da conspiração, psicopatia e relações parentais conturbadas.

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