MAYA, nova aposta do selo JO!NT, se destaca na cena R&B e pop nacional
MAYA não se limita a rótulos. É brasileira, porém cidadã do mundo. É vulnerável e romântica, mas também política e intensa. Essas múltiplas facetas de uma artista em plena ascensão marcam o lançamento de “Anger”, EP que acaba de chegar aos serviços de música pelo selo JO!NT junto do clipe para as faixas “Carioca” e “Intro/Who Is Maya”. Servindo como um contraponto à sua bem-recebida estreia no EP “Love”, o novo álbum vem para apresentar paradoxos, celebrar diferenças e provocar – seja libidos ou discussões sociais.
O compacto de quatro faixas é uma plataforma de afirmação e identidade para MAYA. Além do single já revelado, “Made in Brasil”, o EP reúne as canções “Carioca” e “Who is Maya”, e também uma introdução climática. Se em “Love” a artista explorou a voracidade das relações e a linha tênue que separa o amor do ódio, em “Anger” ela assume uma postura imponente para fortalecer um discurso que valoriza a afrodescendência para celebrar o afrofuturismo, e que não aceita as desigualdades e os preconceitos do mundo.
“Já pediram, já imploraram, já se humilharam e também se revoltaram. As gerações anteriores lutaram de todas as formas. E hoje, nós não aceitamos nada, uma brincadeira é gatilho, uma piada é um preconceito estruturado, e a tua ignorância mata. A gente não vai deixar passar nada. Invadimos a internet e a vamos dominar a arte. Já nos calaram tanto, já vimos tantos serem calados. O mundo agora é nosso, é nossa vez de falar”, define MAYA.
Inspirada pela poesia trágica do romantismo em uma visão contemporânea e millennial, com suas ansiedades e dramas próprios, a artista vem construindo uma carreira recente que já chama atenção em nível nacional. Após o lançamento de “Love”, o público pode ouvir a voz de MAYA no álbum “Guaia”, de Marcelo Jeneci, na faixa “Vem vem”.
Esse é só o começo para ela, que se descobriu cantora aos 2 anos de idade. Nascida em Niterói e criada em Maricá (RJ), morou em diferentes cidades e países, devido ao trabalho de seus pais: ele, diretor de teatro e dramaturgo; ela, cantora de jazz e DJ. A natureza do seu interesse pela música começou junto a seus primeiros passos, crescendo em meio a diversas vertentes de arte.
Ao voltar ao país, aos 5 anos de idade, começou a estudar teatro e dança. A partir dos 10 anos, MAYA já compunha suas próprias músicas e escrevia poesia. No auge da adolescência, aos 16 anos, se mudou para São Paulo, onde iniciou sua carreira de modelo, mas sem abandonar o sonho da música. Dando ouvidos ao seu propósito maior, retornou ao Rio de Janeiro em 2018 para focar no seu trabalho musical.
“Love” trouxe à tona as temáticas do sexo, ansiedade, desejo, tristeza, solidão, confusão, paixão e amor. Explora com intensidade o sentir, a vulnerabilidade e a entrega. O trágico, o sensual, o carnal, o desespero se encontram em suas faixas, com traços inspirados no romantismo de Olavo Bilac.
O contraponto de “Love” e “Anger” é definido pela artista como um produto de sua geração, que cresce com o consumismo desenfreado e informação em abundância, ao mesmo tempo que se vê lutando para superar políticas sociais e econômicas que estão ultrapassadas. Mostrando que ninguém é meramente apenas amor ou raiva, paixão ou ira, ela unirá os dois EPs em breve em um só álbum, chamado “Love x Anger”. Enquanto isso, o EP “Anger” está disponível nas principais plataformas de streaming de música.