As 200 melhores músicas de 2020

Definitivamente, um ano para todos os gostos e ouvidos.

Esse ano não foi fácil. Enquanto passamos por uma pandemia com muito caos no mundo inteiro, o que pareceu se provar firme e forte – a qualquer custo – foi a indústria musical. Lockdowns intermináveis, crises criativas, e outros fatores fizeram com que o mundo business entrasse em um pré-colapso e exigindo que se erguesse de alguma maneira.

Com shows sendo cancelados a qualquer momento, turnês sendo paralisadas perdendo o controle de administração, pessoas cada vez mais em casa sem poder sair – ao menos em teoria -, artistas do mundo inteiro começaram a se perguntar “o que vamos fazer?“. Lidar com criatividade enquanto se enfrenta uma pandemia mundial e um lockdown que parece eterno parece ser algo impossível de ser feito, mas como diz Caetano Veloso, “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”, e a arte sempre prospera.

2020 foi em certos níveis um ano muito nostálgico sonoramente, tivemos diversos gêneros sendo sampleados com um frescor gostosinho de consumir, gêneros sendo trazidos de décadas anteriores, novas misturas em ritmos e nacionalidades. A começar pelo disco, que se provou muito atual e forte no que se diz respeito em consumo pelo público. Kylie Minogue, Jessie Ware, e Dua Lipa são alguns exemplos que embarcaram no ritmo e acabaram lançando os melhores trabalhos de suas carreiras no meio popular.

REWIND 2020

Além das 200 músicas selecionadas, temos uma retrospectiva mais abundante – ao estilo throwback – pelo ano de 2020 que foi repleto de retornos e estreias. Na ‘REWIND 2020’ você encontra todas as nossas músicas favoritas desse ano.

Ouça no Spotify / Deezer

Kylie, uma pioneira na era disco desde o início de sua trajetória, lançou o ‘DISCO’, seu álbum que embala uma discoteca do início ao fim. Dua Lipa e sua nostalgia futurística flertou com o disco e o dance music em seu ‘Future Nostalgia’, aguardado e muito bem recebido por todos. Roísín Murphy, deusa da disco music, também nos presenteou com seu comeback em 2020 e foi certeiro. ‘Roísín Machine’ reviveu ótimos momentos de sua carreira com uma repaginada maravilhosa.

Flertando com o disco e apontando mais para o eletrônico, Lady Gaga embarcou em 2020 rumo à Chromatica‘, seu novo álbum e era, com a promessa de ser sua maior fase, mas infelizmente muitos planos tiveram que ser cancelados devido o estado atual do mundo. Ainda sim, Gaga entregou visuais excepcionais para as faixas ‘911’ e ‘Rain On Me’ e deixou no ar a possibilidade de uma extensão à altura de sua era no próximo ano.

The Weeknd surgiu com o ‘After Hours’, seu novo álbum, e mostrou que experimentar nunca é demais. Aqui conhecemos um novo lado de Abel que misturou instrumentos clássicos à sonoridade trap marcante que já havíamos conhecido em trabalhos anteriores, resultando em um dos melhores álbuns do ano – de longe. Uma pena ter sido tão esnobado na maior premiação de música do mundo.

Já no setor alternativo, R&B, rap e gêneros correlacionados, algumas surpresas muito positivas. Moses Sumney surpreendeu com o ‘grae’, seu novo álbum, a HER fez um comeback cirúrgico com a ‘I Can’t Breathe’ no auge do movimento Black Lives Matter, Rincon Sapiência trouxe o mundo dele para seu novo disco, Projota surgiu em seu projeto mais diferente e pessoal, além de claro novos nomes como Hot & Orea e o humor ácido de sempre, Rico Nasty lançando seu debut incrível, Black Pumas com a versão deluxe do álbum autointitulado, e muito mais.

Passeando pela cena musical nacional, tivemos gratas surpresas como novos lançamentos de grandes artistas consagrados como Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gillberto Gil, entre outros. Porém, o ano foi mesmo da cena independente trazendo novos ares à música brasileira: Bryan Behr, As Baías, Jovem Dionísio, Bivolt, e outros.

Ainda na cena nacional, alguns retornos foram muito bem recebidos como o novo álbum da Letrux, novo projeto de Rashid, o Matuê que já chegou quebrando recordes de artistas gigantes no Spotify, Cícero e sua aventura cósmica, Silva no reggae da mpb, Supervão, uma mistura gostosinha entre BaianaSystem e Gilberto Gil, Adriana Calcanhoto, Djonga, Tagua Tagua e tantos outros nomes incríveis.

Um gênero que se mostrou bastante receptivo pelo público mainstream foi o kpop. Com visuais sempre muito atraentes, as músicas grudaram na cabeça e ficaram na ponta da língua – mesmo que difíceis de cantar pelo público ocidental, sempre damos um jeitinho. Não só pela entrada absurda no mainstream, mas na indústria ocidental como um todo. O boygroup BTS por exemplo conseguiu eu primeiro lugar na Billboard com ‘Dynamite’, provando ser um verdadeiro hit de 2020. Ainda nesse meio tivemos grandes retornos de grupos, estreias solos e muitas ótimas surpresas. Além é claro, da valorização do gênero em outros setores. O K/DA – banda digital criada no universo do League of Legends – fez seu debut com o aguardado álbum ‘ALL OUT’.

Com o mundo paralisado, o que nos restou foi agir de forma remota, e foi aí que muitos artistas acertara em cheio, alcançando o ápice de seu criativo. Um exemplo muito prático disso foram as meninas Chloe x Halle, que lançaram o aclamado disco ‘Ungodly Hour’ e fizeram excepcionais performances à distância (e foram muitas!). Além de premiações, Chloe x Halle se destacaram pela criatividade ao reinventar seus próprios hits em versões alternativas de ‘Do It’ e ‘Forgive Me‘.

Assim como elas, The Weeknd apostou em performances incríveis e inesquecíveis dos hits de seu disco em diversas premiações. Já Dua Lipa e Kylie Minogue apostaram em shows virtuais e com produção extraordinária, levando a sensação da discoteca para o lar de milhares de pessoas com seus projetos ‘Studio 2054’ e ‘Infinite Disco’.

As 200 melhores músicas de 2020

Aqui estão as nossas escolhas de 200 melhores músicas de 2020, levando em consideração a decisão crítica dos membros da redação, desempenho em seus gêneros, apelo sonoro, produção, inovação, entre outros atributos.

Ouça a playlist completa no Spotify / Deezer

Depois de tudo isso já era de se esperar um ano musicalmente muito rico e alimentado, né? Ainda com válidas menções à Rina Sawayama e seu segundo e aclamado disco, Sam Smith com o ‘Love Goes’, Little Mix repleta de confetes e tristes separações, Bad Bunny e seus três discos em um ano, o comeback fantástico das The Chicks (e a mudança de nome), e muitos outros nomes que marcaram presença no ano caótico e extremamente atípico que foi 2020.

Definitivamente, um ano para todos os gostos e ouvidos.

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