Carmino fala sobre identidade musical e preparativos para o futuro da carreira

Nativo de Santa Catarina, Carmino sempre teve ideias e direções que são abraçadas pelo mutável de forma sincera

A mudança foi tornada parte da trajetória de Carmino. O cantor nativo de Santa Catarina sempre teve ideias e direções que são abraçadas pelo mutável de forma sincera. Sejam influências de pop e rock de décadas passadas ou tópicos controversos e complementares, os temas explorados por ele em sua carreira são diversos. Buscando inspirar pessoas com as histórias de suas músicas, Carmino prepara o terreno para fixar ainda mais seu nome na música nacional.

Em entrevista para o escutai, um pouco foi dito pelo artista emergente sobre o que tem ouvido, sua identidade musical e os preparativos para o futuro da carreira após “Gosto de Sol”, recente single que ganhou o clipe neste domingo, dia 30 de junho.

Confira com exclusividade o clipe de “Gosto de Sol”:

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Desde o lançamento de “Colateral” e nosso primeiro contato até “Gosto de Sol”, passaram-se cerca de 2 anos. O que mudou tanto na pessoa quanto no artista Carmino nesse período? 

Ultimamente eu ando mudando a cada instante. E devo tudo graças ao lançamento de Colateral, que foi um verdadeiro ponto de virada pra mim, onde eu descobri a estética que quero seguir e passei a entender um pouco mais sobre o meu eu artístico. Apesar de continuar explorando bastante, acredito que encontrei a minha personalidade musical, como quero seguir e ser visto. E apesar de já fazerem 2 ou 3 anos desde o lançamento de “Colateral”, essa canção segue como um guia para os próximos projetos que estão por vir, que conversam diretamente com ela. 

Carmino (reprodução / artista)

Como você descreve o estilo musical de seu mais recente single, “Gosto de Sol”, e quais são algumas das influências mencionadas na faixa? Como elas te auxiliaram a chegar no resultado final e qual impacto isso reverberou a partir desse lançamento? 

Eu basicamente joguei no liquidificador uma boa parte do que eu ouço e, surpreendentemente, saiu algo que faz sentido. É uma mistureba muito doida, por isso considero um pop alternativo. Tem um pouco de indie e pop rock, uma pitada dos grooves do soul brasileiro e da disco music, até mesmo alguns elementos meio psicodélicos. Na época em que eu e meus amigos criamos essa música, eu estava pirando muito em Marcos Valle, no último álbum da Ana Frango Elétrico e no som da Viratempo, banda contemporânea de São Paulo. Para a produção, também trouxemos como referência até Michael Jackson e The 1975. Acho que isso acrescentou muito mais a minha musicalidade. 

Você mencionou que “Gosto de Sol” é apenas o começo. A faixa apresenta uma face ainda mais íntima e introspectiva, em comparação com “Melodramático”, por exemplo. Podemos esperar mais músicas com essa mesma abordagem? 

Com certeza! Gosto de Sol é o começo de um projeto grandioso que estou preparando para o final deste ano. Um projeto bem pessoal, em que pretendo diversificar os temas que abordo nas músicas e expor um pouco mais de quem eu sou. A letra de Gosto de Sol é um pequeno gostinho disso tudo. 

Lançar músicas como um artista independente continua sendo um ponto cheio de dúvidas e desafios. Como você está lidando com isso atualmente? Existe uma equipe que o auxilia nesse processo? 

Existe uma equipe, sim. Ela é composta por: a minha pessoa, eu próprio e eu mesmo. Brincadeiras a parte, tenho a ajuda de vários amigos, como por exemplo o Davi Carturani, produtor das minhas músicas, o Rafa, meu fotógrafo e produtor dos meus últimos clipes, e a Marina, minha namorada que me ajuda com um pouco de tudo, além dos caras da banda. Mas eu estou envolvido em todos os processos, correndo atrás de tudo. E, por isso, depende muito da minha disposição, esforço, dedicação e etc, já que a arte ainda não é meu ganha-pão. Confesso que às vezes é difícil encontrar forças e motivação para persistir, mas eu tento. Simplesmente preciso continuar, é o que eu amo. 

Como muitos criadores, imagino que você esteja constantemente consumindo arte e se inspirando a partir dessas experiências. O que você tem descoberto recentemente em relação à cultura, cinema e música? Algum trabalho em particular não sai do seu fone atualmente? 

Ultimamente o que mais estou ouvindo é a discografia de duas bandas clássicas: Talking Heads e The Smiths. Ando redescobrindo os álbuns deles e está sendo uma experiência fabulosa. Nacionalmente, uma banda que vem me inspirando bastante é Exclusive os Cabides, de Florianópolis, que está para lançar um álbum novo. Com eles, aprendi a não me levar tão a sério. E estou seguindo esse “conselho” à risca! Também ando me interessando muito por clássicos da literatura, algo que será muito perceptível no meu próximo single, que sai muito em breve. Inclusive no próprio nome da música. 

Você mencionou diversas influências recentes em sua música, principalmente em “Gosto de Sol” que foi desde Marcos Valle e Michael Jackson até Ana Frango Elétrico e The 1975. Alguma dessas inspirações será incorporada ou influenciará de alguma forma seu novo projeto? 

Com certeza! Acho que eu incorporei um pouquinho de cada uma dessas refs e isso estará presente nos próximos lançamentos também, principalmente Ana Frango Elétrico e The 1975, que é uma das minhas bandas favoritas, tanto musicalmente quanto visualmente. Inclusive, vi o show deles no Lollapalooza e foi inesquecível, inspira demais os meus próprios shows. 

Como um artista emergente na cena regional e nacional, quais são seus objetivos e aspirações em relação à arte e sua carreira nos próximos anos? Como você enxerga sua visão nesse aspecto, considerando o contexto da regionalidade e possíveis colaborações com artistas de Santa Catarina? 

Eu sou bem próximo de vários artistas da cena da minha cidade, inclusive estou planejando mais feats para o futuro. Mas pretendo expandir, começando regionalmente, com uma turnê para o final desse ano, se tudo der certo. Quero muito tocar em Floripa, Balneário Camboriú, Blumenau e várias outras cidades dos meus parceiros! Já estou planejando outros projetos maiores para o futuro, mas quero focar para fazer direito nesse de agora. Sonhando e trabalhando com coisas grandiosas para esse ano!

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Após o ponto de virada que houve em sua carreira, Carmino está determinado a explorar muito mais e principalmente a apresentar tudo o que é feito com sua música ao grande público. Sua determinação pessoal é, sem dúvidas, o maior combustível de sua carreira, já que, mesmo com o apoio de si mesmo e de amigos próximos, ele sempre foca em entregar trabalhos de qualidade que vão além da música, contando com visuais e significados tão importantes quanto.

Carmino está em um famoso caminho que é percorrido por muitos artistas para alcançar mais e mais pessoas, mas isso já era esperado, já que viver da arte não é fácil. Apesar disso, o contato e amor pelo que é feito por ele ficam nítidos em todos os seus trabalhos, provando que ele já acertou em como se apresentar para o mundo.

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