A Banca 021, conhecida pela música “Libra”, que acumula mais de 36 milhões de execuções nas plataformas digitais, lança nessa sexta-feira o álbum “As Joias Não Brilham”. O disco traz 10 faixas compostas por Ursoleone, GB, Porto, que formam o grupo, com a contribuição de Carlos do Complexo, que também assina a direção musical.
A banda, que já se apresentou no Rock in Rio (2019) e que está no lineup do festival Rock The Mountain deste ano, explica, com a sua poesia densa e característica, como o álbum foi idealizado. “’As Joias Não Brilham’ é pé na porta. Nosso primeiro disco oficial, a ponta do iceberg do subúrbio futurista que viemos mostrar. Construído no meio do caos interno de cada um de nós, tomando volta de empresário e driblando ataques fascistas. Fruto da ausência paterna e da bagagem de mães guerreiras.
Desde os anos 90 vivendo na atividade entre os perigos e prazeres da vida nas ruas mais violentas do Rio de Janeiro. É baile funk, pelada de rua, igreja e terreiro. Desigualdade social, descaso e tiroteio. Sejam todos bem-vindos ao nosso mundo real onde: ‘As joias não brilham se você não brilha primeiro’”.
O primeiro single do novo projeto é “Velhos Tempos, Novos Planos”, que chega acompanhado de clipe, nesta sexta-feira, às 11h, significa muito para o trio. “Nessa música sentimos uma experiência diferente. Um dia Ursoleone me disse que eu (Porto) deveria escrever uma carta para o meu filho, falando sobre a experiência da paternidade e minha relação com os novos desafios. A carta virou poesia e foi musicada em cima de um violão feito pelo GB algumas semanas antes. Quando mostrei pros caras o que tinha feito, eles entenderam no mesmo momento e colocaram pra fora o que sentiam e tudo se completou”, compartilha Porto.
Como já é costume, o grupo participa de todas as etapas do álbum. O vídeo de “Velhos Tempos, Novos Planos” foi feito inteiramente pela banda, assim como todo o design, as pinturas, edições e visualizers do disco. Das 10 músicas do projeto, “Filipin” é outra faixa que ganha clipe no dia 30/09. Sobre ela, eles contam: “Ela fala sobre nossas vivências na rua e os ensinamentos do subúrbio carioca, Zona Oeste e Zona Norte, de propostas para um caminho mais fácil e até a malandragem para sobreviver em zona de guerra na busca de paz.
O clipe foi gravado de maneira despretensiosa por nós em uma visita ao ateliê do grafiteiro/artista plástico Tomaz Viana (Toz). Subimos em uma escada recém consertada no ateliê que dava acesso ao topo do prédio na fábrica Behring, com visual 360° do Rio de Janeiro, ficamos de cara com aquela vista. Como estávamos com uma câmera Mini DV e um iPhone, decidimos: ‘vamos filmar o clipe agora’”.