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Com uma banda em perfeita harmonia, Duda Beat estava impecável no Festival GRLS!

Com suas batidas regionais e eletrônicas, Duda Beat se mostra cada vez maior a cada boa impressão que causa enquanto passeia pelo Brasil

A tarde de sábado do Festival GRLS! já se preparava para um dos shows que seriam exemplo de quanto o evento foi forte naquele dia. Uma bateria isolada era um sinal de que estaríamos perto de uma apresentação planejada e com uma harmonia de causar inveja a qualquer artista. Harmonia essa que não se limitou apenas ao som, já que logo de cara podíamos ver um visual caprichado em cada músico que integrava a banda de Duda Beat.

O fim de tarde era o momento perfeito para o setlist da cantora que já parecia animada logo no primeiro passo. Duda fez questão de entre músicas verbalizar sobre o quanto a ideia de um festival que prestigie mulheres é importante, e a cada vez que falava o público aplaudia e gritava. Inserções de falas e mini discursos durante show não é algo fácil, precisa ser feito de forma que agregue e não corte o ritmo, mas a cantora soube exatamente quando falar um pouquinho e o que dizer.

Suas danças e coreografias remetiam mais a algo contemporâneo e solto, como se parecesse que as coreografias fossem também mentais além de físicas. Desde seus lançamentos mais recentes é possível perceber o quanto a estética é algo intrínseco no som de Duda, a forma como ela transforma o visual em algo que trabalha lado a lado com seu som é único.

Tudo aqui parecia feito de forma pensada e especial, principalmente no telão, que pipocava com imagens granuladas como se dessem um ar de retrô. Em momentos mais pesados das batidas as cores fortes vibravam e o sol competia com o vermelho vivo e neons que refletiam nas pessoas.

A abertura com ‘Tu e Eu‘ é uma escolha pontual, a música tem um dos melhores refrãos para cantar junto e serve como uma introdução cheia de energia. Duda sabe que começar seu show assim é a melhor pedida, porque energia é o que não falta em todo o momento. Seu canto é aberto e forte, dando a impressão de que ela aguentaria facilmente mais algumas horas ali só soltando a voz. Em ‘Chega‘ a vibe é tão dançante que no público haviam vários grupinhos apenas curtindo e dançando como se estivessem assistindo um show na rua da própria casa.

Era possível ver cada um curtindo o show do seu modo: apenas assistindo sem tirar os olhos da artista, dançando, de casal abraçadinho… cada um do seu jeito, mas sem parar de cantar junto. O disco de remixes de ‘Te Amo Lá Fora‘ também trouxe momentos marcantes: O de ‘Meu Pisêro‘, feito por Teto Preto, teve uma participação incrível de Laura Diaz.

O melhor ponto no show foi a sintonia com os músicos e dançarinos. Todos que estão no palco com a cantora funcionam de uma forma tão essencial que se um deles não estivesse ali, a impressão que causaria é de que falta algo. Cada instrumento parecia ligado ao outro complementando como uma corrente gigante, cada sonoridade estava no tempo pensado não apenas para si, mas para todos.

Um bom coletivo musical mandando bem em um show parece o mínimo, mas quando estão tão próximos da perfeição é impossível não perceber o quanto isso faz diferença. Com suas batidas regionais e eletrônicas, Duda Beat se mostra cada vez maior a cada boa impressão que causa enquanto passeia pelos festivais por aí, e a sensação que fica é de que ela ainda pegou leve.

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