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Festival Criatura movimenta Palácio das Artes em BH

Música, cinema, artes visuais, oficinas e feiras marcam a programação do Festival Criatura, que se estende até o dia 27/8

“Criatura”, do latim creatura, faz surgir, dá origem, gera. Indo além, divagando, pode-se pensar como uma fusão das palavras “criar” e “manufatura”, remetendo a trabalhos construídos, criados à mão. Analogamente, feito a várias mãos e agregando diferentes formas de arte, Criatura é o nome do Festival que, em sua quarta edição, ocupa o Palácio das Artes, ponto de convergência de tantos ofícios. 

No último dia 3 de agosto, o evento teve a presença de DJs durante toda a tarde e à noite. Por lá, as diferentes formas de arte invadiram o espaço de forma que chão, parede e teto brancos tornaram-se coloridos. Assim também, as musicistas Luiza Brina e Iara Rennó se apresentaram na sala Juvenal Dias. Essa parte da programação trouxe intimismo para um festival que, mesmo com o trânsito de pessoas em suas diferentes expressões, também se manteve íntimo. 

Associação das artes

O Festival Criatura foi capaz de reunir música, arte, gastronomia e performances em um espaço pouco convencional para festivais que unem esses mesmos elementos. A área do Palácio das Artes, embora não muito grande para comportar tal proposta, tornou-se grandiosa quando todas as expressões criativas se misturaram. Ocupando o andar térreo, o espaço ao ar livre – Jardim das Galerias – comportou o local onde os DJs se apresentaram. Começando às 14h, esta programação recebeu Artur Pádua, DJ Naroca, DJ Bill, DJ Abu (Xifuta Records) e DJ Belisa (Masterplano). Por lá também foi montado um espaço dedicado para artistas visuais venderem seus trabalhos em uma lojinha, bem como uma projeção em lasermapping de homemgaiola. Ainda no espaço, Artur Maciel ministrou uma oficina de Gráfica Urbana, cujo resultado ficou exposto no local.

Na divisa com o Parque Municipal, o “corredor” que contempla as salas João Ceschiatti e Juvenal Dias alocou barraquinhas com opções de alimentação. Além da diversidade de opções gastronômicas, o cardápio do bar contemplou os drinks preferidos dos belo-horizontinos e que estão ganhando o país com tamanha originalidade. No final desse mesmo corredor foi onde se apresentaram Luiza Brina e Iara Rennó, duas musicistas que celebraram o formato acústico em suas apresentações. Brina e Rennó se apresentaram separadamente, porém fizeram participações nas performances umas das outras, formando um elo entre suas sonoridades. A cenografia do palco foi estilizada pelo Grupo Giramundo e uniu as “orações” de Luiza – como são chamadas as faixas de seu álbum mais recente, “Prece”. Indo além, o espaço apresentou elementos religiosos apresentados por Iara em seu canto.

Programação

O Festival Criatura ocupará, até o dia 27 de agosto, diferentes espaços da cidade de Belo Horizonte. Assim, trabalhará destacando encontros entre as artes em suas multilinguagens, e os encontros entre as artes e as pessoas. As experiências artísticas pessoais e coletivas criam espaços de interação entre setores diversos da cidade. 

Além disso, o Festival também contará com atividades em centros culturais, institutos e centros de formação como parte de sua programação. CEFART, Instituto Mano Down, Centro Cultural Venda Nova, Centro Cultural Vila Santa Rita e Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira são alguns deles.

Diante de tantas formas de criação, o Festival Criatura une uma coletividade nichada de Belo Horizonte, mas não deixa de celebrar a cultura e o mais importante: disseminá-la para que atinja novos públicos. Ao pensar em “criatura”, não apenas se nomeia um ser: evoca todo um processo de existência, uma cadeia de eventos que remete ao surgimento. Criatura é, em última análise, a celebração da arte, da convivência e da comunhão.

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