Crítica | Benson Boone, “Fireworks & Rollerblades”

Benson Boone explora amor, perda e desejo em um debut que vai além do pop – trazendo loucuras jovens fora de controle

Amor, desejo, medo e abandono. Escrever sobre temas complexos às vezes pode não ser tão fácil assim, mas com seus 20 e poucos anos, Benson Boone conseguiu unir temas profundos e seu estilo musical no seu álbum de estreia – “Fireworks & Rollerblades”. O cantor e compositor, Benson Boone, é uma das maiores estrelas de 2024, devido ao hit “Beautiful Things”. Boone conquistou seu público principalmente pelo TikTok — mesmo que tenha participado do American Idol em 2021, onde acabou desistindo após alcançar o Top 24 naquela edição.

O nome “Fireworks & Rollerblades” não é atoa. Escutar o álbum é como andar pela rua com fogos de artifícios presos aos patins — loucuras jovens fora de controle e várias possibilidades. Benson, ao longo das 15 faixas, consegue capturar a essência e experiência de ser um jovem, de estar apaixonado, de ter o coração partido e ser livre para ser quem você é.

“intro”, a primeira faixa, cria a ambientação do álbum, um pop que, de um jeito não perceptível, transiciona para “Be Someone”, uma canção de amor que mostra o potencial de composição de Boone. A letra narra uma longa e lenta forma de se apaixonar por alguém. “Alguém para ajudar, alguém para abraçar / Algum lugar para ir quando as noites ficam frias / Alguém para amar, alguém para ser”. Por outro lado, “Slow It Down”, é mais lenta e descreve a sensação de estar se afogando e sem esperanças – enquanto navega por essas sensações com alguém que você ama. A música responsável pelo estrelato, “Beautiful Things”, é uma balada que explora os medos de perder alguém com quem você se importa – a técnica de overposting, sem dúvidas, funcionou!

Com uma balada mais lenta e sentimental, o álbum segue com “Cry”, Forever and a Day” e “In the Stars” – que transmite um sentimento único de mágoa, que vem com a perda de uma pessoa amada e a luta de superar o passado. “Ainda estou me agarrando a tudo que está morto e enterrado / Eu não quero dizer adeus, porque isso significa pra sempre / E agora você está nas estrelas, e sete palmos nunca pareceram tão longe / Aqui estou eu, sozinho, entre os céus e as cinzas”

Algumas faixas a frente, “What Do You Want”, encerra o álbum de uma maneira ao mesmo tempo otimista e sincera, mas cheia de emoção. A faixa é a mais “diversa”, porque muda na ponte. A letra fala sobre a verdadeira face de uma pessoa que se aproveitou [de Boone]. Conforme a faixa chega no final, Boone mostra que finalmente está livre. 

“Fireworks and Rollerblades” é, sem dúvidas, uma catarse única que celebra a vida, mesmo depois de viver o amor, desejo, medo e abandono. Benson provou que em seu primeiro álbum ele pode fazer músicas que podem ser associadas a outros estilos e ao mesmo tempo, criar o seu próprio. O álbum tem uma sonoridade coesa e, mesmo que o assunto de cada música seja variado, tudo é amarrado pelos instrumentais e identidade de Boone.

80/100

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