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Crítica | “Rivais” explora a sensualidade e competitividade do tênis

Dirigido por Luca Guadagnino, “Rivais” prende o espectador ao trazer história fascinante de um triângulo amoroso não tão convencional

A junção de esportes, sexo e competitividade chegou aos cinemas com “Rivais” (ou Challengers) Em 25 de abril, o novo longa do diretor Luca Guadagnino, roteirizado por Justin Kuritzkes foi lançado, trazendo em seu elenco o trio Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist como os protagonista de um jornada repleta de sensualidade e partidas de tênis.

A história gira em torno do triângulo amoroso de Tashi Duncan, Art Donaldson e Patrick Zweig, três tenistas promissores que, ao longo dos anos, seguem destinos opostos. Tashi, após um acidente, não pode mais jogar, então começa a treinar seu agora marido, Art, que torna-se um grande destaque no esporte. Enquanto isso, Patrick segue tentando ser um jogador de renome, apesar de estar falido.

Seus caminhos se reencontram após Donaldson e Zweig se inscreverem no mesmo torneio e disputam na final contra o outro. A partir deste reencontro, questões do passado voltam e interferem em toda a perfomance dos dois jogadores.

Desde seu teaser, “Rivais” apresentou uma cena carregada de sensualidade, que pode introduz muito bem a premissa de todo o longa – jovens que se sentem atraídos um pelo outro, mas que ao mesmo tempo necessitam um alto nível de competitividade querem se superar a todo custo.

Um importante fator para o clima intenso do filme é a união entre o roteiro Kuritzkes e a direção de Guadagnino. Com uma história fascinante e desafiadora, unida ao seu ritmo rápido e repleto de reviravoltas, tal qual uma partida de tênis, o filme é já garantiu um espaço como um clássico contemporâneo.

Vale ressaltar que não é apenas a direção e roteiro que o tornam tão inovador, mas também a atuação do trio de protagonistas que possuem uma química imensurável em cena. Tanto Zendaya quanto a dupla masculina conseguem revelar as nuances em seus personagens, além de mostrar a complexidade de seu relacionamento, que envolve uma rivalidade, unida a uma forte paixão.

Além de todo o fascínio que o trio provoca no público, é impressionante a versatilidade dos atores, principalmente Josh O’Connor, que, com Patrick Zweig consegue destoar completamente de seu Charles III em “The Crown”. A diferença é tamanha que quase é difícil reconhecê-lo como o ator que interpretou conservador e rígido príncipe inglês.

Parceria de Guadagnino com dupla Trent Reznor e Atticus Ross volta às telas 

Outro destaque importante para toda a construção da narrativa é a trilha musical composta por Trent Reznor e Atticus Ross – dupla que já trabalhou Guadagnino em “Até os Ossos” (2021), em que trouxeram composições mais folk e acústica.

Já em “Rivais”, a dupla trouxe uma sonoridade eletrônica acelerada, que remete a era clubber dos anos 1990 e também ao grande sucesso de Reznor e Atticus que foi a banda Nine Inch Nails. Seu ritmo segue a mesma velocidade do filme e é uma parte importante para toda a ambientação da história.

Além disso, há uma dicotomia entre a trilha e o próprio esporte, já que o tênis é predominantemente mais silencioso que outras modalidades esportivas. Enquanto isso, a trilha musical alta e agitada mostra como mesmo em um ambiente mais sereno, os ânimos estão a flor da pele.

Em síntese, ao final desta jornada tão emocionante, a adrenalina que cerca a história chega ao público de forma intensa, como se fôssemos parte do filme. O longa te prende do início ao fim e te faz desejar um pouco mais do que os protagonistas tem a oferecer. Por isso e por desafiar o espectador mais conservador, que enxerga o sexo como algo a se envergonhar, “Rivais” é um filme espetacular e viciante.

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