Não há quem tenha chegado à fase adulta sem se assustar com as transformações e descobertas da adolescência. Nisso “Ruby Marinho – Monstro Adolescente“, nova animação da DreamWorks adentra em cheio.
É justamente nesse ponto da história que encontramos Ruby, uma jovem kraken que tenta se passar como humana para viver uma vida normal com sua família e amigos. Proibida por sua mãe de ir ao baile de formatura (que aconteceria em um barco), Ruby é confrontada mais uma vez com a regra suspeita da família: ela não pode entrar no mar.
Como já é de se esperar, uma kraken dificilmente conseguiria passar despercebida num universo humano, e quando seu despertar acontece, Ruby precisa se esconder sem entender todas as mudanças (físicas e temperamentais) que seu corpo enfrenta. Se aliando a amizades erradas e descobrindo aos poucos diversos segredos da família, Ruby tenta fazer o que considera certo e desbrava os mares, explorando seus recém descobertos poderes.
Apesar dos esforços da animação em se manterem atuais e com muitos elementos que remetem ao universo lúdico e mais jovem, como o da protagonista, o longa peca em substância. Em momentos como o fundo do mar e o reino dos Krakens, os cenários parecem pouco desenvolvidos e explorados. Ruby e seus dramas familiares podem soar relacionáveis (quando adaptados para a nossa realidade e devidas metáforas propostas), mas seu desenvolver e suas resoluções parecem rasas e pouco emocionantes.
De forma geral, é um filme que divertirá as crianças no período das férias e as manterá entretidas, mas é uma produção que pouco se relaciona com outros públicos e, principalmente, soa superficial e falha em sustentar o patamar do estúdio, que lançou o excelente “Gato de Botas 2” no começo deste ano. Não há grandes emoções, reflexões ou reviravoltas, seus personagens são pouco cativantes e pouco se destoa de um longa sem muita essência.