Crítica | Sob tons obscuros, Eco parece ser uma rua sem saída 

Sendo a primeira aposta usando o selo Marvel Spotlight, “Eco” traz os heróis “street level” em uma tentativa fraca

Essa opinião sobre “Eco(Echo) é demorada para sair pelo motivo mais óbvio possível: é um pouco difícil de se prender na série e devorar os episódios em uma maratona insaciável, isso porque os capítulos de menos de 40 minutos não atraem tanto. Há tristeza em refletir sobre isso em mais uma produção sobre a Marvel.

Vindo para começar um novo tipo proposta sob o selo Marvel Spotlight, a série assume a posição em não se conectar diretamente com o universo estendido que a empresa constrói a anos. Para uns, isso aplica uma nova substância ao histórico de heróis, para outros, é apenas mais uma tentativa mediana que não respinga para muitos lados; bizarro pensar nisso ao ter o insano Rei do Crime de volta as ruas.

Marvel/Disney (reprodução)

O maior foco da obra é criar um caminho heroico o suficiente para Maya Lopez, integrante da tribo Choctaw que agora tenta traçar seu próprio destino sem as presas do Fisk. O maior problema disso é que o ritmo extremamente confuso faz com que o maior acerto do MCU, o vilão de Vincent D’Onofrio, o coloca literalmente num patamar de bobo.

É inegável que muitos telespectadores chegam até a produção com pedaços da espetacular “Demolidor” (da Netflix, que inclusive aparece num cameo bacana) no peito, e a narrativa compra sim um tom mais obscuro para responder isso, mas tudo em torno disso é raso. Boa parte das lutas consegue alcançar isso, mas parece ser só isso.

Marvel/Disney (reprodução)

Enquanto o roteiro tenta fazer com que as ruas que levam a boa Maya de Alaqua Cox seja parecida com o que já vimos nas outras obras street level, as suas origens indígenas causam até um certo interesse, mas a tentativa parece não ser levada muito a séria, nunca desrespeitando, mas carecendo de maturidade. No entanto, é certo que isso precisa ganhar mais notoriedade porém, com mais astúcia.

A trama de voltas e voltas de “Eco” consegue se manter pelos poucos pontos que se sobressai; os poucos episódios e a pouca alma que tenta manter a atmosfera viva, mas joga tudo a perder quando volta a entregar um ritmo corrosivo para a jornada de Maya, que não adiciona muito no corpo da ideia.

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