Em seu universo surrealista completamente chocante, o aclamado diretor de cinema David Lynch, conhecido por seu trabalho na primeira versão de Duna (1984), construiu ao longo de sua carreira um catálogo repleto de pontos sem nós. Um tópico corriqueiro entre os críticos de cinema afirma que três de seus longas metragens formam uma trilogia não-oficial, sendo eles A Estrada Perdida (1997), Cidade dos Sonhos (2001) e Império dos Sonhos (2006).
Apesar de não possuir uma ordem cronológica, a trilogia é conhecida como tal apenas por sua ambientação e por carregar a essência mais reconhecida do bizarro e incrível universo Lynchiano.
A Estrada Perdida (1997)
Fred Madison suspeita que está sendo traído por sua esposa Renee, mas percebe que existem coisas piores acontecendo no momento quando recebe uma filmagem de angulos internos e externos de sua casa. Após eventos inesperados, Fred acaba preso, até que certo dia desaparecer completamente de sua cela, se transformando em Pete Drayton, jovem mecânico de automóveis que é, então, libertado da prisão. Pete acaba se envolvendo com a esposa de um gangster, Alice Wakefield, que é idêntica a Renee.
Cidade dos Sonhos (2001)
Um acidente de carro na estrada Mulholland Drive, em Los Angeles, deixa Rita com ferimentos e perda total de memória. Betty, recém-chegada na cidade dos sonhos encontra Rita escondida no hotel em que estaria hospedada, mas ambas não conhecem sua verdadeira identidade, devido ao acidente. Antes que a ideia de fazer um filme se concretizasse, a produção estava quase pronta para se tornar um spin-off da série Twink Peaks.
Império dos Sonhos (2006)
Nikki, uma atriz casada, é chamada para atuar num românce polonês, cuja produção havia sido interrompida por conta da morte dos protagonistas. Ao longo dos ensaios e gravações, a atriz se envolve com seu colega de trabalho e a realidade começa a se misturar com a ficção. O filme é um dos mais experimentais de David Lynch.
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