Com a recente vitória no Grammy, não tem como pensar que de fato, 2020 foi o ano da Dua Lipa. A estrela se firmou muito bem na indústria após o lançamento do seu disco de estreia em 2017 (que alcançou feitos imensos, como o sucesso de “New Rules“), mesmo que tenha conquistado apenas uma gama de pessoas, que agora se expande em novos horizontes, podendo ser considerada como “o momento“, isso porque ela veio com tudo com o lançamento do sucessor do registro debut, o super aclamado “Future Nostalgia“.
A artista não só conseguiu se reafirmar ainda mais nas paradas e o mainstream como também alavancou os números mais altos da carreira (e do ano) com o segundo disco de estúdio, e ainda conseguiu levar o Grammy na categoria de Melhor Álbum Vocal de Pop.
O “Future Nostalgia” figura a#15 posição na lista de Melhores Discos do Ano no top do Metacritic, colocação que se dá pelos merecidos 88 pontos dentro do agregador que vêm de 19 reviews, e todos elas – repito, todas elas – positivas. Sendo que, 65 é a menor e também a única nota dada por um veículo de imprensa, o restante das críticas pontuam o álbum com notas de 70 para cima.
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A NME é um dos veículos que deu elegeu o álbum com a nota máxima. A revista aclama o trabalho, alegando que Dua é de fato, uma majestade do pop!
“A confiança em sua voz não dá motivos para duvidar dela. Ao longo deste álbum, a popstar está no comando, tanto nos bastidores quanto nas situações que ela descreve nas letras. O ‘Future Nostalgia’ é uma coleção brilhante e ousada da majestade do pop que serve para dançar e deixar suas ansiedades longe… mesmo que por pouco tempo.”
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A Variety, que deu nota 92, também rasga elogios para o registro e diz que ele atende muito bem as expectativas quando o assunto são as músicas nos fazerem sentir vivos.
“É uma perfeição pop impecavelmente trabalhada e alegremente executada que atende o momento, talvez, apenas para lembrá-lo de como é bom ser humano. E estar apaixonado.”
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You are unlocked at the “Club Future Nostalgia”
Mais em frente, em agosto do ano passado, a Dua decide espremer o disco e lança então uma versão dj mix, com todas as faixas ganhando uma nova roupagem pelas mãos da Blessed Madonna. Todo o trabalho funciona impecavelmente bem diante do seu propósito, que é ser um dj set.
Temos todas as canções do álbum e mais algumas adições inéditas que levam o ouvinte para um lugar dançante e energético com a estranheza do material produzido pela Blessed Madonna. E é justamente essa estranheza técnica que acabou não instigando muito os fãs, porém, o mesmo não acontece com a crítica.
O “Club Future Nostalgia: The Remix Album” ganhou “Aclamação Universal” no Metacritic e desponta 81 pontos com base em 7 reviews, 1 mediana e 6 positivas, sendo a menor nota um 60 e a maior 100.
O The Independent (UK) descreve a versão como:
“A coisa toda é produzida meticulosamente; cada faixa desliza para a próxima para garantir que a festa nunca pare. “Club Future Nostalgia” é diversão pura e sem diluição.”
Nota: 100. Leia a review completa.
Para a Variety, o disco é muito bem diversificado e, consegue o seu melhor através das transições das músicas, considerando que as faixas envolvem muitas pessoas:
“É mais gratuito e divertido do que o “Future Nostalgia” original – que era gratuito e divertido para começar – porque é mais diversificado e muito menos sério, navegando suavemente ao longo de uma hora muito rápida ou algo assim, com um fluidez e uniformidade que são ainda mais notáveis considerando o número de cozinheiros em sua cozinha.”
Nota: 97. Leia a review completa.
Com isso não dá pra negar então que, a Dua entregou sim um trabalho coeso no que se propõs (devemos abraçar isso), e mostrou algo super convidativo e elegante para os tempos de agora. Ainda vai dar pra dançar muito ao som do “Club Future Nostalgia: The Remix Album“, e é essa a mais intensa proposta do projeto.
Bem-vindo ao “The Moonlight Edition”
Por fim, no que parece ser o último desdobramento do “Future Nostalgia“, a Dua soltou esse ano (em fevereiro) o “Future Nostalgia (The Moonlight Edition)“. Esse trabalho aqui funciona basicamente como um Side B do álbum original, mas que acaba não entregando nada além de 4 faixas que nunca haviam passado pelos nossos ouvidos.
“We’re Good” é uma onda tropical deliciosa de se degustar com uma duração de menos de 3 minutos. O clipe faz juz e é ótimo, trazendo a Dua cantando em um navio prestes a afundar, há uma ótima direção e também narrativa.
Em “If It Ain’t Me” dá pra sentir as melhores vibes que vem da estética técnica do “Future Nostalgia”. Essa aqui é a melhor da terceira versão e talvez uma das melhores da artista. Letra ótima, condução chiclete e com uma estética sonora incrível e dançante.
Com “That Kind Of Woman“, a carga vista na obra original é atinginda de maneira concisa em uma música com um teor suave de se escutar. Já “Not My Problem” serve apenas como um preenchimento, que honestamente, não faria diferença se não tivesse entrado.
Como um todo, o “The Moonlight Edition” vem apenas para finalizar a fase mais marcante da Dua de uma maneira morna, mas que ainda mostra o quanto ela sabe em que terreno está, evidenciando um futuro extremamente promissor.
O “Future Nostalgia”, “Club Future Nostalgia” e o “The Moonlight Edition” mostram acima de tudo uma estrela do pop que não está nascendo, mas sim crescendo e explorando vertentes que o mercado quer e, ainda assim realizando projetos que saem de forma prazerosa da linha tênue do que a gente quer ver na indústria.
Como disse nosso crítico Luis na review do álbum: “A torcida que fica não é para que um terceiro álbum seja melhor que este, e sim para que a evolução da cantora após um projeto tão aguardado traga cada vez mais maturidade, e assim defina-a de vez como um dos melhores acontecimentos da música popular atual”.