PUBLICIDADE

Duda Beat de “Chapadinha na praia” ao sucesso

“Oh bixinho, eu te conheço de outras vidas…”, já canta Duda Beat e nós fomos ver toda a carreira de Eduarda Bittencourt, ou melhor Duda.

Duda Beat da terra do Manguebeat, mergulhada nas grande tradições musicais nordestinas e carioca, nasceu em Recife e se mudou para o Rio de Janeiro há treze anos, Eduarda Bittencourt – como é registrada, com o tempo se transformou em Duda Beat, se encontrou na música desde pequena (mas, não pensava em se tornar cantora). Na adolescência, a cantora fazia parte do coral na igreja, assumia o vocal de uma banda no colégio, e foi lá que fez diversos cover de vários artistas e navegou pelos gêneros musicais diferentes.

A artista que possui um disco próprio, “Sinto Muito” (2018), descarregou todo seu amor, por seu trabalho, pelos outros e por sí mesma – um processo de autocura; a transformando em uma grande cantora.

Duda Beat, antes de Duda

Mas, se engana quem pensou que ir ao Rio de Janeiro era para trabalhar nos palcos e viver dias dentro dos estúdios. Eduarda, foi ao rumo da cidade maravilhosa com o objetivo de cursar medicina e especializar em anestesia – mas, foi na música que ela mergulhou, junto com seu amigo de longa data Tomás Tróia.

A música veio aos poucos, participando de (grandes) discos da nova MPB em 2018, dividiu responsabilidades como “Sintonia” de Castello Branco, e da nova identidade de Letícia Novaes, Letrux, na canção “Em Noite de Climão”.

Entre uma faixa e outra, se uniu com Tomás Troia, que também é produtor musical, e foram desenvolvendo o novo álbum, com músicas que grudam na cabeça. Duda em entrevista revelou que o seu desejo era “fazer com que as pessoas curassem se sentir dor”, como ela estava e assim, do lado de seu amigo, o primeiro álbum intitulado “Sinto Muito” surgiu.

“Sinto Muito” o álbum das mágoas e do amor

De acordo com Duda, o trabalho ao lado de Tomás fluía de forma natural, fazendo com que em pouco tempo já tivesse produzindo faixas suficientes para fechar um álbum. Com músicas como “Bixinho” onde o amor desapegado é retratado de forma simples e real, a junção aprovada rapidamente pelo público, a fez com que seja um dos pivôs em decisões de seus fãs. “Hoje, recebo muita mensagem de gente que quer ajuda para chamar alguém para sair e digo: ‘olha, o você já tem’”, contou a cantora em uma entrevista.

A certeza de que possui o não, fez com que ela não tivesse medo em tomar a decisão de ir viver da música. E após alguns dias de produção com Tomás, se lançou como artista com o álbum “Sinto Muito” e ele como produtor. Um álbum que trilha entre o indie e o pop, falar sobre o amor e dor e como revelou “é um disco para coração reconstruídos” – e fez com muito sucesso, prova disso, é a série de shows que vem fazendo sempre com casas lotadas.

Mas, o que é “Chapadinha na Praia”?

Lembra quando falamos que Duda, ainda como Eduarda, cantava covers? “Chapadinha na Praia” nasceu de uma brincadeira e aos poucos se tornou uma música do setlist dos show.

Tudo que eu mais quero é ficar, bem chapada na praia, chapadinha na praia…” é a versão PT-BR para a música “High By The Beach” de Lana Del Rey, carregada no brega e com uma música extremamente chiclete.

A faixa “Chapadinha na Praia” que é cantada durante os shows, gerou tanto amor pelos fãs que criaram uma hashtag para convencer Lana a liberar a cantora para divulgar a cover, a #DudaBeatByTheBeach.

Lana, até no momento não se posicionou sobre, mas, para que a faixa seja liberada nas plataformas de streaming, a cantora nova iorquina deve liberar os direitos. Enquanto isso, podemos ver Duda performando essa preciosidade no show:

A estudante de medicina foi para o palco do #LollaBR

No ano de 2018, o Lollapalooza, um dos maiores festivais de música do Brasil abriu as portas para Duda e sendo ovacionada ao cantar “Bédi Beat”, iniciou os trabalhos do palco, entre uma mescla de realização e segurar o choro – que foi inevitável.

Sabe aquela sensação de “dever cumprido”? A jornada e uma meta da cantora foi concluída, mesmo tão desiludida por se apaixonar por músicos, como conta em entrevistas, já subiu em um dos palcos de maior peso no cenário, ainda mais dentro da música brasileira.

Entre suas músicas, mais ouvidas no Spotify, a cantora intercalou “Back to Bad”, com as músicas animais, como a nova faixa “Chega”, que foi lançada após o festival e conta com participações de Jaloo e Matheus Carrilhos – que participaram na performance ao vivo.

E foi assim, sob o sol que Duda se derreteu, cantando “Bixinho” derreteu o público em dose dupla: versão original e remix. E ao chegar no final do show, quando a banda já estava fora do palco, o telão do palco mostrou frases como “1964 foi golpe, sim”, “Fora Bolsonaro” e “liberdade para Renan da Penha”.

Entre uma faixa de outra, se ouvia “Duda Lipa”, por trazer a sofrência ao pop na voz feminina. E em entrevista à revista Glamour antes do festival, Duda revelou que já a chamaram de Dua Lipa, de Debbie Herry. “Me inspiro em tudo que é contemporâneo. Se eu tivesse mais dinheiro, seria mais extravagante, como a Beyoncé. O dia que eu puder vou subir no palco igual a um bolo, cheia de decoração”, contou na entrevista.

E por fim, o que podemos esperar de Duda?

As músicas que falam sobre seus sentimentos de forma ácida, já se tornou uma marca registrada no seu álbum e singles, e como diz a cantora “Minha música começou como um processo de autocura, mas ela é para quem não se encaixa no mundo moderno dos relacionamentos fugazes” e esperamos nos autocura junto dela, com seus músicas.

E aos poucos, vivendo no mundo onde “todo mundo sofrendo de ansiedade e solidão”, como desabafa, Duda se consagrou como uma grande artista brasileira – ainda está na sua escadinha, subindo para completar mais e mais metas, que mantém em segredo e ainda vamos ouvir falar e muito sobre Eduarda Bittencourt, quer dizer, sobre Duda Beat.

Total
0
Share