Glee: a redenção da tv aos musicais comemora 10 anos

Você se lembra quais foram os musicais que Glee homenageou durante todas as temporadas? Nós reunimos todas as faixas aqui para você! Assista.

O Brasil de 2009 era um país onde as produções musicais estavam engatinhando, os pequenos passos entre os grandes teatros na ponte Rio-São Paulo surgiam algumas peças de teatro musical, mas neste mesmo ano, a FOX Channel, alavancou esse ramo com a série musical: Glee.

Naquela época, quando se questionava sobre musicais, a maior referência das pessoas (assim como eu e meus amigos) eram as produções da Disney, como High School Musical, sendo este o modelo padrão.

Glee

 

Acontece que a série revolucionou um gênero que há muito não era tão bem trabalhado e desenvolvido, tanto na televisão americana como ao redor do mundo. Com personagens diferentes que o público estava acostumada a ver, e com a importância de suas histórias e a relação entre eles, sempre em primeiro plano, conquistou muitos fãs.

Glee questionava a visão dos adolescentes e principalmente do público mais velho, com uma roupagem nostálgica, a série que chegou a ser exibida em mais de 60 países, chamava atenção de um público que acompanhava as produções homenageadas na série.

Através do clube do coral, as histórias eram contadas e diversas personalidades apresentadas (com certeza, você encontrou alguém igual a você) e nos fez acreditar como a união, amizade e o respeito são pilares que constroem a história – repleto de musicais.

Quais os musicais Glee já homenageou?

Les Misérables” (Os Miseráveis), de 1980 foi o primeiro musical a surgir na trama. Com a canção “On My Own”, Rachel Berry (Lea Michele) canta na audição para participação do Clube do Coral – o Glee Club.

Na peça original, a canção é cantada pela personagem Éponine no segundo ato do espetáculo.

O filme musical “Dirty Dancing”, de 1978, conquistou um homenagem na voz de Quinn Fabray (Dianna Agron) e Sam Evans (Chord Overstreet) com a música “(I’ve Had) The Time of My Life”.

A música foi abertura na apresentação do New Directions nas Seccionais, após terem vencido um concurso de duetos promovido pelo Glee Club, com a música “Lucky”, de Colbie Caillat e Jason Mraz.

Rachel Berry, foi a personagem que mais apresentou seu amor pelos musicais. Desta vez, cantando uma das canções de seu filme favorito “Funny Girl” (Uma Garota Genial, 1968). O filme que mostra a história real da cantora Fanny Brice, interpretada por Barbra Streised (que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel), foi a canção “My Man” para concorrer à chance de cantar o número de aberturas nas Nacionais, na segunda temporada.

Segundo a Lea Michele, durante a gravação desta temporada, essa foi “a mais difícil que já cantei durante o Glee”, pela grande responsabilidade de performar algo que Streised fez e ela ser uma de suas ídolas.

Agora, um dos musicais clássicos “Cabaret” também teve seu momento Glee. Famosa na voz e Liza Minelle (que ganhou um Oscar de melhor atriz pelo filme), a canção do show de 1972, “Maybe This Time” foi interpretada por Rachel, que ganhou o papel de Sally Bowles, protagonista da peça.

O número também conta com April Rhodes (Kristin Chenoweth, ganhadora do Tony de melhor atriz por seu papel em “You’re a Good Man, Charlie Brown”), ex-integrante do Clube do Coral e primeira paixão de Will Schuester (Matthew Morrison).

Um dos melhores episódios da segunda temporada (2010) contou com a performance de “Touch-a,Touch-a,Touch-a,Touch Me”, uma homenagem ao musical cult “The Rocky Horror Picture Show”, de 1975, adaptação da peça “The Rocky Horror Show” de dois anos antes.

Emma Pillsbury (Jayma Mays) está ajudando Will a ensaiar para o seu papel de Rocky na montagem que o New Directions está preparando para o Halloween. Curiosamente, esta foi a mesma canção que Mays cantou em sua audição para participar da série.

Mais uma clássico da Broadway ganhou diversos destaques em Glee, “Wicked“, foi uma peça que recebeu diversas homenagens durante as temporadas. No primeiro ano de exibição da série, aconteceu o dueto ao som de “Defying Gravity”.

A música que é cantada por Elphaba e Glinda, as bruxas de “O Mágico de Oz”, que na Broadway foi vivida por Idiana Menzel (atriz que participou de Glee, como mãe da Rachel) e Kristin Chenoweth (que também participou da série), trouxe aos palcos uma música que fala sobre enfrentar desafios e superar obstáculos – a base de Glee.

No Brasil, Wicked também ganhou uma versão e foi vivida por Myra Ruiz e Fabi Bang, o espetáculo que teve temporada estendida em São Paulo, sempre esteve com o teatro cheio e na última sessão, os fãs se uniram com Elphaba em um único coro. Assista:

Outra do episódio-tributo ao “The Rocky Horror Picture Show”. Neste caso, Mercedes Jones (Amber Riley) canta a canção “Sweet Transvestite” que no filme foi cantada originalmente por Tim Curry, que interpreta o personagem Dr. Frank-N-Furter, um cientista-travesti-extraterrestre, paródia dos cientistas malucos das décadas de 40 e 50.

O ponto alto desta versão é exatamente o fato dela ser cantada originalmente por um homem e, na série, pela poderosa voz da atriz.

Assim como a última música que apresentamos, está faz parte de um show que já foi homenageado durante as temporadas de Glee. Rachel novamente se apresenta com uma música de “Funny Girl”. Durante a abertura das Seccionais na primeira temporada, canta a música “Don’t Rain on My Parade”. Ouvir Rachel cantando em Glee nunca é demais, né?

E por fim, entre os momentos mais icônicos dos musicais em Glee, nós temos duas canções: “For Good” de “Wicked” que foi cantado dentro do teatro onde acontece o show diariamente na Broadway, com o cenário original:

E de longe, a mais especial, “Season of Love” de “Rent” chegou como uma grande homenagem a Cory Monteith (e o adeus ao personagem Finn Hudson), que faleceu em 2013 – quando a série ainda estava sendo gravada. A canção fala que todos os momentos da nossa vida, devemos medir e guardar sempre com amor.

https://www.youtube.com/watch?v=VNKYryQgcR8

 

Glee foi muito além do que, apenas, uma série televisiva. Os produtores conseguiram transformar a marca Glee em significado de liberdade aos jovens por meio da música e da arte – afinal, ser diferente, não te faz ser um “looser” e sim um vitorioso, desde que, você nunca pare de sonhar.

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