Limp Bizkit: os pais que também sabem fazer uma festa

Os hits enérgicos, letras contundentes e atitude incontrolável do Limp Bizkit, agora nos palcos do Lollapalooza Brasil 2024.

Se você nasceu antes de 1995, dificilmente é indiferente ao Limp Bizkit. Como um dos principais nomes do nu metal, o grupo deixou sua marca no início dos anos 2000 com hits enérgicos, letras contundentes e atitude incontrolável nos palcos. Com os vocais raivosos de Fred Durst e a habilidade inquestionável de Wes Borland na guitarra, a banda – que conta ainda com o baterista John Otto, o baixista Sam Rivers e o DJ Lethal – vendeu mais de 40 milhões de discos, indo de uma das bandas mais odiadas da cena para ícones do rock ocidental.

Porém, para além da música, a banda norte-americana também se instalou no radar da cultura pop por se envolver em um sem-número de polêmicas e provocar reações emocionadas de um público que ama odiá-los desde 1994.

“Three Dollar Bill, Yall$” foi o primeiro álbum do grupo, lançado em 1997. Mas foi com os trabalhos seguintes, “Significant Other” (1999) e “Chocolate Starfish & the Hot Dog Flavored Water” (2000), que o Bizkit rompeu barreiras e atraiu olhares do público e da mídia.

Com riffs cativantes e carisma adolescente, a banda angariou uma legião de fãs que compartilha de seu senso de ironia e atitude debochada e petulante. No Ozzfest de 1998, o grupo se aproveitou de sua reputação já inflamada para instalar, no palco, um vaso sanitário gigante, de onde os músicos sairiam. À época, Durst declarou que o utensílio fazia sentido, uma vez que todos diziam que o Bizkit “era uma m****.”

Na sequência de performances inesquecíveis em festivais, o LB foi trilha sonora de um dos momentos mais caóticos do Woodstock ’99, evento idealizado para homenagear os 30 anos do Woodstock original – e que teve grande repercussão por seus aspectos extra-musicais. Com uma performance explosiva, a banda inflamou o público já inquieto e embalou a correria generalizada e a destruição do espaço de show. Ao som do sugestivo hit “Break Stuff“, Fred Durst surfava sobre a plateia em pedaços de compensado, enquanto tapumes e garrafas eram atiradas para o alto com o objetivo de destruição total.

Após cinco discos, turnês de sucesso e quatro anos de hiato, a banda retornou aos estúdios e, em 2021, lançou seu primeiro álbum em uma década. “Still Sucks” foi inicialmente intitulado o “Chinese Democracy do nu metal” [em referência ao último álbum de estúdio da banda Guns n’ Roses], mas caiu nas graças do público tão logo foi divulgado. 

Com o novo trabalho, o grupo retornou aos palcos para encabeçar lineups de grandes festivais como Inkcarceration, Good Things e Louder Than Life. Neste mês de março, o Bizkit se apresenta nas edições sulamericanas do Lollapalooza (Brasil, Chile e Argentina), na sequência de uma performance memorável no Lollapalooza Chicago em 2021.

Agora, uma nova base de fãs se junta àqueles originais para ouvir clássicos como “Nookie”, “My Way” “Rollin” e, claro, “Break Stuff”. Os jeans largos e o infame boné vermelho de Durst podem ter dado lugar a certos “ares de pai”, mas o LB continua trazendo aos palcos aquilo que faz de melhor: música de festa com atitude.

O Limp Bizkit se apresenta no Lollapalooza Brasil 2024 no dia 23 de março.

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