Não há noite fria suficiente para a música de Liniker não esquentar. Por isso que numa segunda-feira (12 de agosto) gelada em São Paulo, nada parecia mais animador do que o convite para a audição especial de “Caju”, segundo álbum solo de estúdio da cantora, que aconteceria no Cine Marquise do Conjunto Nacional.
No lugar, uma exposição de peças usadas e exibidas no clipe de “Tudo”, primeiro single do álbum, já dava as boas vindas, e o aroma especial de caju embalava todos que entravam na sala. Artistas como Marina Sena, Emicida, Mel (da Banda Uó), Urias e Pabllo Vittar, o duo Anavitória, Gaby Amarantos e Karol Conka também estiveram no espaço para prestigiar a cantora, e no caso das Anavitória e Pabllo, celebrar em conjunto as faixas do álbum em que fazem parceria.
Por aproximadamente uma hora e vinte minutos pudemos ouvir as 14 faixas em Dolby Atmos (uma tecnologia especial que permite que o som seja reproduzido em 360º, embalando o ouvinte por completo), enquanto visuais produzidos pelo estúdio PURITANA.CO eram exibidos e estimulavam os sentidos. Em faixas como “Deixa Estar”, feat da cantora com Lulu Santos e Pabllo Vittar, os presentes se animaram enquanto Pabllo e Liniker chamavam a sala inteira para dançar. Já em “Ao Teu Lado”, feat com Amaro Freitas e Anavitoria, o silêncio imaculado representava a surpresa e o impacto da faixa em todos no espaço.
Ao final da audição, a jornalista e apresentadora Didi Couto mediou um bate-papo com Liniker, no qual a artista apresentou os produtores Fejuca e Gustavo Ruiz (também responsáveis pela produção do premiado “Índigo Borboleta Anil”), contou um pouco sobre o processo de criação e produção do álbum e deu declarações que explicam seu momento atual.
“Tem a Caju (personagem alterego da artista para esse novo trabalho) mas tem a Liniker cansada de agonia, de papo furado, de pouco. É um álbum próspero como tudo que eu quero viver.”
Segundo a artista, o álbum é totalmente analógico e gravado em fita, buscando dar “textura, camada e gosto” as faixas. Nesse processo, muito do “acaso” também foi parar no disco, como na faixa “Me Ajude a Salvar os Domingos”, quando em um dia de gravação no conceituado estúdio Mosh, em São Paulo, a fita terminou e “encerrou” a faixa.
Além disso, a cantora revelou também ter trabalhado com o produtor e arranjador Paulo Zuckini para explorar camadas, notas e registros vocais da artista em diversos momentos do álbum, buscando expandir as surpresas e as camadas das faixas, e que um documentário de todo o processo de concepção e gravação do álbum vem sendo desenvolvido por Safira Moreira.
Diverso, dinâmico e com parcerias e momentos surpreendentes, “Caju” chega ao mundo nessa segunda-feira, dia 19/08, em todas as plataformas digitais.