Se existe música eletrônica como conhecemos hoje, a “culpa” é desses caras. Formada nos 1970, a banda alemã Kraftwerk revolucionou ao ser pioneira no gênero e segue influenciado artistas e pistas de dança ao redor do mundo. Em maio, eles voltam ao Brasil pela quarta vez para se apresentar nas edições do C6 Fest no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A maneira como o Kraftwerk usou sintetizadores e outros equipamentos eletrônicos para criar sons únicos e inovadores é sua característica mais marcante, trazendo pioneirismo no uso desses instrumentos. Suas melodias são simples, repetitivas e minimalistas, sendo construídas entre camadas de sons eletrônicos.
A identidade visual do grupo também é parte fundamental da sua identidade, tendo tanto peso quanto sua música. Trajes futuristas, luzes e projeções sincronizadas são marca registrada do Kraftwerk, compondo a estética das apresentações ao vivo e elevando-as a verdadeiros espetáculos audiovisuais.
Uma de suas músicas mais conhecidas, “The Model”, foi lançada em 1978 e faz crítica ao mundo da moda e sua superficialidade, com melodia simples e contagiante. Outro trabalho amplamente reconhecido é “Autobahn”, de 1974, que celebra a cultura automotiva alemã e apresenta simulações sintetizadas de sons de carros na estrada.
Os exemplos da influência do Kraftwerk são vários. Há ainda as canções “Trans-Europe Express”, de 1977, que traz um som minimalista e repetitivo inspirado pelo movimento dos trens, e onde a banda relata um encontro com Iggy Pop e David Bowie, e “Radioactivity”, de 1975, que faz crítica social e ambiental à energia nuclear em meio a uma atmosfera tensa e inquietante de sintetizadores.
O trabalho do grupo alemão, atravessado por temas tecnológicos e futuristas, é um tanto quanto conceitual para quem está acostumado a vertentes mais populares da música eletrônica. A visão de um futuro utópico onde a tecnologia é utilizada para melhorar a vida das pessoas também é uma questão constante, como em “The Robots”, música de 1978 que aborda tecnologias de automação e questiona o impacto delas na humanidade.
Fundada por Ralf Hütter e Florian Schneider em 1970, mas sua formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida aconteceu entre os anos 1975 e 1987, e incluía os músicos Wolfgang Flür e Karl Bartos. Schneider, um dos membros originais do Kraftwerk, deixou a banda em 2008. Atualmente o grupo é formado por Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Falk Grieffenhagen, além de Hütter.
O lançamento mais recente do grupo é o disco Minimum-Maximum, de 2005. Sucessos de toda a história da banda não ficarão de fora dos shows que acontecerão no Rio de Janeiro (18 de maio) e São Paulo (21 de maio), durante a programação do C6 Fest. Ingressos já disponíveis.