O que saber antes de assistir Wicked nos cinemas

Com estreia marcada para novembro, o longa com Ariana Grande e Cynthia Erivo é baseado em livro e musical da Broadway, entenda.

Como a história de uma bruxa verde e uma política estridente e cor-de-rosa toma proporções relacionáveis — e catastróficas? De onde veio a ideia, qual a ligação com O Mágico de Oz e o que mais você precisa saber antes de ir para os cinemas em novembro? 

O que é Wicked e qual sua conexão com O Mágico de Oz?

Mesmo que você não saiba muito além do que viu no trailer ou no breve material promocional do filme, “Wicked” tem não apenas um potencial de te emocionar, mas também carrega diversas referências das quais, com certeza, você já ouviu falar. Se você conhece o conto de uma casa que voa em um tornado e acerta uma mulher estranha com sapatinhos de rubi, despertando a fúria de uma bruxa verde contra uma mocinha indefesa, um leão, um homem de lata e um espantalho, Wicked já é pra você.

A história de Wicked: do livro ao musical

Todo o plot do tornado, sapatinhos e quatro amigos improváveis é, na verdade, a premissa de O Mágico de Oz — amplamente conhecida e difundida ainda na infância. O livro de 1900 começou o trabalho de encantar e espalhar a fantasia, enquanto o clássico filme de 1939 eternizou na cultura pop o visual da estrada de tijolos amarelos e muito mais. Foi nesse universo que Gregory Maguire se inspirou para contar um pouco mais de uma história que talvez tivesse outra versão: a de Elphaba, a terrível e verde bruxa má do oeste. Porque ela é tão má? De onde veio, para onde foi depois que Dorothy a aniquilou com um balde de água? 

“Wicked”, o livro, foi publicado em 1995 e tentou dar respostas para algumas dessas perguntas. Introduzindo a Universidade Shiz para contar mais da história das duas bruxas que vemos no filme de 39, o autor tentou dar voz e emoção para uma personagem já conhecida pelo seu pior, e nos explicar como a mulher verde foi parar ali.

Quem são as estrelas de Wicked?

Entre reflexões sobre pontos de vista, tragédias pessoais e injustiças sociais, a história conseguiu chegar à Broadway. Tendo o livro como plano de fundo, a produção em questão tratou de musicar — e deixar mais palatável — a história dessas personagens. Com Idina Menzel (Frozen) e Kristin Chenoweth (Glee) dando vida às bruxas e faixas compostas por Stephen Schwartz (responsável pelas trilhas de Pocahontas, O Corcunda de Notre Dame, O Príncipe do Egito e mais), a peça foi um sucesso quase imediato, vencendo três Tony Awards e um Grammy. No ano passado, o musical se tornou o quarto espetáculo com mais tempo em cartaz e o segundo mais lucrativo da história da Broadway.

Com tamanho sucesso e potencial visual e narrativo, a Universal Pictures comprou os direitos para adaptação da história, que pareceu arquivada por anos, até ser anunciada em 2021 com um elenco de peso: Ariana Grande no papel de Glinda, a Bruxa Boa do Sul e Cynthia Erivo como Elphaba, a temida e controversa Bruxa Má do Oeste.

O que esperar da adaptação cinematográfica?

No filme, assim como na produção da Broadway, acompanhamos Glinda e Elphaba em seu improvável encontro na universidade. Enquanto Glinda é popular, vibrante e vista como “a boa”, Elphaba é verde, esquisita, diferente e com poderes assustadores. A trama de ambas produções se desenrola mostrando como os opostos se odeiam e brigam o tempo todo, até encontrar um ponto de equilíbrio que as faz conviver e até se tornarem amigas. Mesmo assim, nem tudo são flores, e os infortúnios que parecem rondar a vida de Elphaba extrapolam para níveis e perigos inimagináveis, fazendo com que a moral, ética e senso crítico das personagens — bem como o do espectador — seja constantemente posto à prova.

Na versão dos palcos, a história é dividida em dois atos e leva quase 3h de duração. Para a adaptação cinematográfica teremos dois filmes, que provavelmente se dividirão assim como os atos da peça, mas trarão aprofundamento dos personagens e suas narrativas, entregando um material sólido e acompanhando a narrativa e músicas do teatro.

Dicas para aproveitar ao máximo a experiência

Por isso, recomendamos que você dê uma chance para a trilha sonora (disponível nas plataformas de streaming) e um coração aberto: o fim do filme pode te deixar sem fôlego, como acontecia no teatro, e teremos um ano de espera até a segunda parte — mais sombria e tensa. 

Wicked é, sobretudo, uma história sobre amor, amizade e injustiças, se mostrando um texto relevante e atemporal. As músicas cativantes que ajudaram a popularizar o espetáculo prometem vir em versões impressionantes, considerando as cantoras e atrizes a dar voz às personagens, e com a direção de Jon M. Chu (Crazy Rich Asians), a adaptação tem tudo para emocionar muitas futuras gerações. 

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