GA31 nos apresenta batidas dançantes e letras excêntricas

GA31 (lê-se Gabi), é um projeto musical que traz a voz robotizada da moça do Google com batidas dançantes e letras excêntricas.

Como não só da letra G sobrevive a sigla LGBTQI+, viemos trazer uma artista diferente e um tanto conceitual, que levanta a bandeira L da representatividade.

GA31 (lê-se Gabi), é um projeto musical que traz a voz robotizada da moça do Google com batidas dançantes e letras excêntricas. Voltada para militância, as músicas falam sobre empoderamento de mulheres lésbicas e dramas sociais atuais. Se você nunca ouviu falar, eu recomendo tirar uns minutinhos do seu dia, e prestar atenção nessa artista que deveria tocar sempre nas baladinhas por aí!

Seu primeiro sucesso foi quando fez um remix do vídeo da Inês Brasil para o Big Brother. Intercalando falas da rainha dos memes de 2013, com frases como “Eu só quero usar meu jeans, e seguir a minha estrada. Sem amarras, sem o medo de um dia ser julgada” e “Exiba seu corpo e ame. Exiba seu corpo sem preconceito. É o meu conceito”. GA31 já de início, mostrou a silhueta de seu trabalho.

Além das letras descoladas e a frente de seu tempo, os clipes são construídos com imagens de “Fashion Films”, o que traz uma sensação mais poética, artística e conceitual para as músicas.

Sempre com um tema de sexualidade em questão, seu maior hit é “Lésbica Futurista”. Música que explana o orgulho em ser sapatona com uma batida e letra viciante. É impossível escutar e não fica cantarolando depois.

E falando em orgulho. Enquanto fazia uma pequena pesquisa sobre ela na internet. Encontrei uma entrevista para o site Sou Betina, do qual uma fala dela me chamou muita atenção, e tem tudo a ver com o tema do portal deste mês:

“É uma ironia, um cinismo ativista. Dizer essa palavra nas minhas músicas é como me desprender de uma carapaça social maléfica, que nos mutila e nos limita ao medo de sermos autênticos. “Sapatona” é uma palavra rica, com uma carga histórica intensa e pode ser interpretada com significados preconceituosos ou não. Pra mim essa palavra não é ousada ou preconceituosa, e sim corajosa e natural. Não me soa ofensivo.

Artisticamente, nós temos que olhar por outro lado. Eu tento abstrair ao máximo todas as influências que eu tive durante minha criação machista/preconceituosa e apenas ser eu mesma. Se fossemos criados em uma cultura livre de preconceito, o que nós pensaríamos sobre nossa sexualidade?

O ser humano tem o comportamento natural de exibir aquilo que tem orgulho, seja sobre dinheiro, inovações tecnológicas, carreira (status), poder, arquitetura… Isso é uma constante na história mundial. Podemos levar este conceito, tão natural, para o sexo? Podemos ter orgulho de nossas sexualidades? Sim, claro que sim. Devemos!”

Sentiu impacto da mulher sapatona?

No ano passado lançou um álbum visual, que você você pode conferir aqui. E recentemente apareceu no “NPN Remixes” em um remix para a música “Não Vou Deitar” da Pabllo Vittar. Um arraso né?

Ouça nossa playlist especial:

https://open.spotify.com/playlist/6lbq2twy9uJDp5Ua9iF8bY?si=nGmhJJV9QaqETSkanSsKFQ

Se preferir, ouça no Deezer.

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