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Os 15 clipes mais criativos de 2021

Selecionamos os 15 clipes mais criativos do ano de 2021

Se 2020 foi um ano confuso, repleto de um sentimento arrebatador apocalíptico e decepções em relação ao enfrentamento da pandemia do Covid-19, o ano de 2021 foi um ano menos complexo, mas tão desafiador quanto o anterior.

Em termos musicais e de produção audiovisual o cenário foi de cautela e contou com um número reduzidos de equipe para tornar a produção audiovisual mais segura e fragmentada. Para celebrar a criatividade dos nossos diretores, produtores e artistas, fizemos essa lista com os 15 clipes mais criativos do ano de 2021.

Ouça a playlist

Escolha sua plataforma favorita e ouça as músicas presentes nessa lista especial:

Spotify, Deezer e Youtube Music

15. “Keep Moving”, JUNGLE

Direção: J Lloyd & Charlie Di Placido

Diego Stedile

O JUNGLE sempre entregou clipes com muita coreografia, isso não é novidade. Antecedendo o lançamento do ‘LOVE IN STEREO’, próximo disco do duo, JUNGLE lançou ‘Keep Moving’, primeira canção com uso de coral e que se aproxima demais do soul. A faixa originalmente tinha muitas versões (segundo os dois) gravadas e algumas das interpretações do som podem ser ouvidas no final, quando a faixa muda para um tema inspirado no faroeste “Morricone”. No clipe, somos levado à uma experiência visual que une movimento e e coreografia, características muito presentes em todos os trabalhos dos dois.

14. “Last Day On Earth” da beabadoobee

Direção: Arnaud Bresson

Eduardo

É possível se contagiar com a imersão que a música causa em qualquer momento e até mesmo sem a presença de algo visual, mas é junto do clipe que toda a situação alia-se exponencialmente através de uma direção impecável para provocar no telespectador uma sensação única. Seguindo toda uma estética de colagens, realizada com perfeição, o vídeo, além de ter para si os melhores momentos devido a edição, também possui cenas que repletas de conceitos e atmosferas joviais, formam uma margem de nuances incríveis dentro da canção.

Review do ‘Fake It Flowers’

13. “Friday (Remix)” da Rebecca Black

Direção: Weston Allen

Luis Hora

A melhor coisa que aconteceu na repaginada musical de Rebecca Black foi justamente absorver tudo aquilo que criou um trauma em sua adolescência e transformar em personalidade. O visual do vídeo do remix comemorativo de 10 anos de ‘Friday’ é exatamente o que a música passa: uma salada de desconexões abstratas e que causam uma sensação de confusão mental bizarra. É difícil não ficar com uma pequena dor de cabeça após tanta informação jogada na tela, mas aqui o que pode ser considerado deplorável funciona muito bem… Rebecca abraça de vez aquilo que a fez virar piada, e em vez de deixarem rir de si, acaba fazendo as pessoas rirem com ela. Sua entrada visual no hyper pop se prova satisfatória e deixa um gosto de quero mais, principalmente pela cantora se mostrar tão deslumbrante com looks de látex, unhas gigantes e atitude da artista que sempre esteve ali e só precisava amadurecer.

Review do ‘Rebacca Black Was Here’

12. “Solar Power”, Lorde

Direção: Joel Kefali e Ella Yelich-O’Connor

Eduardo

O retorno da Lorde vinha por entre sussuros, que agora gritam e formam cores e sintonias em “Solar Power”. Com 1/3 do vídeo sendo feito em plano sequência, e carregado de detalhes delicados (tons, danças, estética), o clipe dá vida de uma maneira singular para a canção, refletindo ao máximo por meio da sobriedade técnica e matizes suaves, toda a magnificência da faixa. Aqui, os lapsos da energia solar ganham definição visual únicos para representar todo um esplendor em meio ao breve e incrível primeiro sinal da nova fase da cantora e compositora. Os três shots finais são de harmonia imensa quando nos damos conta que a neozalendesa está finalmente de volta.

11. “Happier Than Ever”, Billie Eilish

Direção: Billie Eilish

Diego Stedile

Dirigido pela própria Billie, “Happier Than Ever” traz uma instrospecção sobre a canção que dá nome ao segundo álbum da artista que tem apenas 20 anos. Sendo uma das maiores surpresas do ano por sua mudança de tom inesperado, a canção arrematou com praticamente unanimidade os fãs (e até novos ouvintes) e ganhou um clipe à altura. Mostrando Billie encerrando um ciclo doloroso de sua vida e tentando ser a ‘big person’ da relação, conseguimos enxergar a simplicidade de um trabalho bem executado onde a atuação da artista é seu completo diferencial dentro da obra.

10. “Love Again”, Dua Lipa

Direção: Canada

Mariana Gomes

Nada melhor como a própria artista para nos contar o conceito do clipe. Em relação a “Love Again”, Dua explicou que “na história, os palhaços de circo mantinham um registro de seus rostos de palhaço nos ovos para que ninguém se copiasse. Os palhaços e os numerosos ovos ao redor do chão podem, portanto, representar relacionamentos passados e fracassados, e o grande ovo representa o novo relacionamento de “Love Again”. Com essa estética de rodeio, a produção do clipe nos brindou com uma bela e criativa surpresa sobre o hit.

09. “Pra Te Machucar ”, Ludmilla

Direção: Felipe Sassi

Mariana Gomes

Muito aguardado pelo público, o single, uma parceria com o projeto Major Lazer, composto pelo trio DiploWalshy Fire e Ape Drums, além do grupo baiano ÀTTOOXXÁ Suku Ward, viralizou antes do previsto, em julho do ano passado, e logo ganhou a ansiedade dos fãs. O clipe, dirigido por Felipe Sassi – o mesmo por trás do supersucesso “Rainha da Favela”, foi gravado em Itu, interior de São Paulo, e tem ares de faroeste com Ludmilla na pele de uma justiceira. A história gira em torno de uma cantora negra que é sequestrada pelos próprios empresários e é substituída por uma cantora branca. Mas Ludmilla chega a tempo de resgatá-la para o show.

08. “TIME 2” do half·alive

Direção: JA Collective

Eduardo

É na loucura de talvez não fazer sentido algum que o clipe traceja o seu melhor. São cenas unidas para fazer refletir se juntas, contam algo. E mesmo que não conte, isso passa despercebido pela narrativa que aqui é evidenciada puramente pela semiótica e com uma seleção de cenas que resulta em algo visualmente muito bonito. Sem contar os momentos de coreografia, que juntos da canção e a louca condução da direção, funcionam ao extremo sem parecer confuso o suficiente para nos fazer desistir do vídeo.

07. “Wild Side”, Normani e Cardi B

Direção: Tanu Muino

Mariana Gomes

Não é de hoje que Normani referencia em seus clipes o hip-hop e o R&B. Se em “Motivation” havia referências claras de “Crazy in Love” de Beyoncé, em “Wild Side”, hit que tem sample de Aaliyah, traz consigo muitas alusões ao hip-hop e R&B mas diretamente dos anos 90. Os figurinos, o uso das cores, cenários e coreografias mostram o capricho e o grande trabalho de produção do clipe. O hit conta também com a colaboração de Cardi B, amiga e incentivadora do trabalho de Normani que comparece para abrilhantar a música (grávida!!)

06. “Need To Know ”, Doja Cat

Direção: Miles & AJ

Mariana Gomes

Mais um da cantora Doja Cat aparece na nossa lista de clipes criativos. Em “Need To Know” o universo explorado é possivelmente o Planet Her – universo explorado em seu álbum de mesmonome. Nesse clipe a cantora aparece como uma extraterrestre, daquelas de pele verde bem caricatas, em um cenário espacial onde todos são extraterrestres ou híbridos em um mundo pós apocalíptico. No enredo, a cantora e protagonista do clipe chama as amigas para uma balada no Planeta, e no bar desse planeta ela conhece um cara em quem se apaixona. As cores verdes e vermelho tem um lugar especial na produção do vídeo, trazendo um contraste bonito e diferente para um hit que caiu no bom gosto do público.

05. “Nem Um Pouquinho”, Duda Beat e Trevo

Direção: Alaska

Eduardo

Com uma produção estrondosa que bebe de fontes do cyberpunk, “Blade Runner” e até longas clássicos de terror (de novo), Duda Beat junto da equipe do Alaska nos entregaram o vídeo mais impecável da discografia da cantora-compositora. O enredo simples funciona quase que de maneira explosiva devido a soma de resultados espetaculares que a parte técnica da obra esbanja com primor. Como um todo, o vídeo envolve e evoca por todas as suas raízes, poder. Não é só um dos melhores do ano, mas talvez, do ramo nacional.

04. “Gueto”, Iza

Direção: Felipe Sassi

Diego Stedile

A artista deitada no chão com a bandeira do Brasil sendo pintada é exclusivamente, um dos melhores frames do ano. E esse momento não se resguarda como o melhor do vídeo, isso porque as coreografias, os vários cenários, as nuances brasileiras, e a direção no ponto, centralizam um clipe didático em muitos sentidos e ainda mais, na hora de representar pelas entrelinhas o que a letra da canção expõe.

03. “Kiss Me More ”, Doja Cat e SZA

Direção: Warren Fu

Mariana Gomes

O clipe, que mais parece uma ida do homem a lua, tem a participação do lindíssimo ator de Grey’s Anatomy, Alex Landi, que interpreta um astronauta. Ele pousa no planeta Planet Her, mundo fictício relacionado ao nome do álbum de Doja, enquanto Doja Cat e SZA interpretam duas alienígenas sedutoras. O clipe com a estética de tons pasteis e todo e-girl, traço muito marcante nos trabalhos de Doja, nos brinda com uma surpresa final muito interessante. Sem mencionar que o hit foi uma das melhores colaborações do ano – junto do álbum da cantora.

02. “A Queda ”, Gloria Groove

Direção: Felipe Sassi

Mariana Gomes

O clipe “A Queda” deu o que falar assim que foi lançado. A cantora trata nessa música e performance sobre a cultura do cancelamento, e com essa estética circense em tom macabro, traz a sátira de que as pessoas públicas estão sempre ao alvo de serem acompanhadas como em um grande circo. No programa “Encontro”, a cantora disse que a rapper Karol Conká foi uma das grandes inspiradoras na composição da música. Em conversa com os fãs no space do Twitter a cantora pontuou algumas referências para a produção do clipe como o Coringa, Tim Burton, It – a coisa, entre outros ícones da cultura pop. De uma produção exuberante à direção espectacular de Sassi, o clipe entra com maestria entre os clipes mais criativos do ano e na lista de melhores clipes nacionais de 2021.

01. “Montero (Call Me By Your Name)”, Lil Nas X

Direção: Tanu Muino & Lil Nas X

Ricardo Costa Luna

Desde o seu enredo controverso, à toda transgressão que Lil Nas X carrega por permear entre o rap e o universo LGBTQIA+, vemos coisas que só uma diva pop no nível Lady Gaga, Beyoncé e Rihanna conseguiria fazer. Como gay, é incrível ver um outro gay fazendo um grande sucesso sem as amarras da masculinidade frágil. A cena de Lil Nas X no pole dance merece ser guardada na lista dos melhores acontecimentos da história pop, não sendo atoa o viral no TikTok. E fora que uma superprodução dessa não é pra qualquer um, com metáforas que só deixam ainda mais interessantes. Alguma dúvida de que Lil Nas X só entrega obras-primas audiovisuais e com ‘Montero (Call Me By Your Name)’ não foi diferente?

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