Concebida como um “reggaeton de terror”, a inusitada faixa traz o músico Pfink explorando terrores noturnos ao homenagear a assustadora figura folclórica do título, que segundo a lenda é a responsável pela temida paralisia do sono. “Sinto que falta representação do folclore brasileiro na música pop”, reflete Pfink. “Achei também que seria divertido colocar uma experiência que é assustadora pra muita gente num ritmo dançante e energético. É sobre encarar nossos piores medos com leveza e humor.”
Apesar do tema bizarro e dos toques experimentais, “Pisadeira” foi feita para dançar. Além da influência do reggaeton, a música ainda incorpora elementos de piseiro em seu ato final, gerando uma espécie de trocadilho musical que plenifica seu conceito. A faixa foi escrita e produzida por Pfink, com produção adicional de Vultra. A aterradora imagem que ilustra a capa do single e o visualizer no YouTube foi inspirada em uma cena do filme italiano “Tenebre” (1982), dirigido por Dario Argento.
Pfink é a alcunha de Antônio Augusto Farias, natural de Feira de Santana. Ele é o responsável pelo irreverente e nada ortodoxo projeto Marli, que foi um fenômeno na internet nos anos 2000 e 2010. Autor de faixas como “Bertulina”, “Suave Peste Negra” e “Macumba Pirata”, Antônio chegou com Marli ao topo da parada Viral 50 do Spotify com a faixa “Cachaça”, cujo clipe alcançou a marca de 3 milhões de visualizações no YouTube. No período em que o projeto permaneceu ativo, ele chegou a trabalhar com nomes como Jaloo e Flakkë.
Em seu projeto solo desde 2017, Pfink já lançou dois álbuns de estúdio e uma coletânea de remixes. No projeto “Director’s Cut”, teve a oportunidade de criar releituras de diversas faixas do seu trabalho pregresso com Marli, fazendo parcerias com a sensação viral GA31, do hit “Lésbica Futurista”, e com a artista drag maranhense Frimes. O último lançamento de Pfink foi o single “O Homem-Pássaro”, parceria com o cantor mineiro Siso para seu álbum “Vestígios”.
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