Uma coisa é fato: Marina sempre entrega eras com sonoridades e visuais bem diferentes do que já fez anteriormente. E ao que tudo indica, desta vez não vai ser diferente.
Finalizamos 2020 com seu lead single ‘Man’s World”, que apesar de perdurar uma eternidade de 5 meses, cumpriu seu papel como uma pequena amostra do que viria pela frente: letras cada vez mais politizadas, até mais do que já costumava fazer ao longo de toda sua carreira.
E assim, em 2021, com ‘Purge The Poison’ tivemos mais clareza do direcionamento ao pop-rock e com espírito rebelde. Sua letra controvérsia arquiteta uma espécie de “enciclopédia” dos acontecimentos do mundo, como: pandemia, aquecimento global, capitalismo, racismo, misoginia e menciona até mesmo os ataques à Britney Spears em 2007.
Com a faixa-título, podemos ver que as questões não ter se encontrado, tão presentes em sua discografia, continuam em pauta. Mas dessa vez, vemos uma maturidade estrondosa. Que continua em ‘Venus Fly Trap’, a faixa mais poderosa até agora e que, apesar de sua curta duração, deixa bem claro o recado: “Nada nesse mundo pode me mudar”.
Pegando algumas entrevistas e posts da própria artista, e alguns trechos que ela compartilhou ao decorrer do processo criativo, vemos que ainda há mais presença de pautas políticas (com direito à crítica ao agronegócio em ‘New America’) e muitas sofrências. Afinal, até politizadas também choram por um término de relacionamento!
“Ancient Dreams In A Modern Land” tem se mostrado o auge da carreira de Marina, que convive com o fantasma de eras icônicas que se tornam comparações para os fãs, e o fantasma de seu último álbum, que não agradou por conta da vertente comercial e básica.
Se tem algo que o 5 disco de Marina não é com certeza é básico! Até agora vimos letras incisivas, instrumentais carregadas de guitarras destorcidas e o frescor de uma sonoridade pop-rock que está super nova e em alta no cenário musical de 2021.