A quadragésima edição do maior festival de música do Brasil e um dos maiores de todo o mundo, se encontra próxima e, com ela, a expectativa de que, na Cidade do Rock, seja realizado um dos espetáculos musicais mais memoráveis do ano e é no dia 13 de Setembro em que tudo começa.
Se apresentarão no Palco Mundo, no dia do Rap, os artistas Matuê, com a participação de Wiu e Teto, a cantora Ludmilla, o britânico 21 Savage e o exímio rapper norte americano Travis Scott. Além de diversas outras atrações interessantes em outros palcos do festival, como o Mc Cabelinho e o Coral das Favelas se apresentando no Palco Sunset, o line-up completo do dia 13 de Setembro pode ser conferido aqui.
Começando os trabalhos no Palco Mundo, o rapper brasileiro Matuê promete deleitar muito o público presente, principalmente pela participação de Wiu e Teto. Matheus Brasileiro Aguiar, o Matuê, pode ser considerado um dos maiores nomes do trap no Brasil, ele possui grandes hits na carreira, como “Anos Luz” e “A Morte do Autotune”, além da icônica “M4“, que foi produzida junto com o cantor Teto, que também já é muito conhecido na cena brasileira, como Wiu, detentor dos hits “Felina” e “Coração de Gelo”. Vale mencionar que, Teto e Wiu foram revelados pela gravadora de Matuê, a 30PRAUM. Os três artistas estão presentes na canção “Vampira“, que ficou muito marcada no trap brasileiro, principalmente no ano de 2022.
Matuê, “Máquina do Tempo”
Ainda que já houvesse inúmeros grandes singles na carreira, foi só em 2020 que o Matuê lançou o seu álbum de estréia. A obra fez história sendo o álbum com a maior estreia de todos os tempos no Spotify Brasil, alcançando as primeiras posições da lista de canções mais executadas na plataforma de streaming no país naquela época, com todas as faixas do trabalho no top 15 do Spotify Brasil. Músicas como “777-666“, a self-titled Máquina do Tempo e a bela canção “Antes” podem ser consideradas como destaques deste grandioso álbum. O dia em que o trap brasileiro seria mudado para sempre, 10 de setembro de 2020.
Logo após, teremos a única artista feminina a se apresentar no palco mundo no dia do Rap, a Ludmilla! A artista brasileira foi a primeira atração a ser confirmada na edição de 40 anos do Rock in Rio. Lud também é uma figura importante na luta pela representatividade negra e LGBTQIA+ no Brasil, sendo assumidamente bissexual e tendo usado sua voz e popularidade para abordar temas sociais e lutar contra o preconceito e fortemente conhecida por hits como “Hoje,” “Cheguei,” “Din Din Din,” e “Verdinha,” além de músicas de pagode que mostram sua versatilidade musical, Ludmilla se consolidou como uma das artistas mais influentes e versáteis do Brasil na última década.
Ludmilla, “Numanice”
O álbum é um projeto de pagode da cantora lançado inicialmente como um EP, em abril de 2020 e definitivamente marcou uma nova fase na carreira da artista, explorando o pagode com autenticidade e conquistando um público ainda maior. “Numanice” destaca a versatilidade de Ludmilla e celebra suas raízes musicais, mostrando um lado mais intimista e romântico.
O projeto pode ser considerado um marco na carreira da Lud, pois consolidou a sua habilidade de navegar por diferentes gêneros musicais firmando-se como uma das artistas mais versáteis e influentes do cenário musical brasileiro atual, além disso, o projeto contribuiu para a popularização do pagode entre as pessoas mais jovens, mostrando que o gênero ainda tem muito espaço no cenário de música atual. Algumas faixas de destaque são “Amor Difícil”, “Te Amar Demais”, e “Não é Por Maldade“.
Em seguida, teremos a apresentação do britânico Shéyaa Bin Abraham-Joseph, mais conhecido como 21 Savage! O “twenty-one” é rapper e produtor musical e apresenta ótimas músicas na carreira, além de grandes participações, como em “Creepin” de Metro Boomin e “Rockstar”, de Post Malone, faixa que inclusive foi indicada em duas categorias do Grammy de 2019.
21 Savage, “I Am > I Was”
O segundo álbum da carreira de 21, lançado em dezembro de 2018, estreou na primeira posição da Billboard 200 e ficou no topo das paradas por duas semanas consecutivas. Com a participação de diversos rappers, como Offset, Post Malone, Gunna, Childish Gambino e outros, este pode ser considerado um dos trabalhos mais rentáveis do cantor britânico, principalmente por faixas como “Can’t Leave Without It”, “Letter 2 My Momma” e “A Lot”, faixa com a participação de J Cole que rendeu à 21 Savage seu primeiro Grammy na categoria Melhor Canção de Rap.
Finalizando o Dia do Rap no Rock in Rio teremos a participação do grandioso Travis Scott! Um dos nomes mais influentes da cena mundial do rap, o artista apresenta diversos grandes hits na carreira e álbuns fantásticos, como o Astroworld (2018) tão aclamado pela crítica e sua obra mais recente, Utopia (2023). Travis Scott é fortemente conhecido por suas apresentações ao vivo, que envolvem muita energia, pirotecnia, mosh-pits e uma presença de palco indiscutível, tudo isso com um estilo único em suas músicas que vão do hip-hop ao eletrônico em um piscar de olhos.
Travis Scott, “Rodeo”
Lançado em setembro de 2015, Rodeo é o primeiro álbum de estúdio de Travis Scott e pode ser considerado um grande marco na carreira do rapper, pois foi com ele que Travis consolidou sua marca na cena do rap/trap, com seu estilo único, marcado por batidas experimentais, autotune característico e uma fusão de hip-hop com influências de rock e psicodelia. Rodeo explora temas como fama, festas e o lado sombrio da vida sob os holofotes, a partir de uma atmosfera cinematográfica, como se o ouvinte estivesse em uma montanha-russa, refletindo o título do álbum. Algumas das faixas de destaque deste álbum são: “90210″, “Maria I’m Drunk” e “Antidote”. O álbum, um dos mais relevantes da década de 2010, foi muito bem recebido pela crítica, elogiado por sua produção inovadora e pela capacidade de Travis de criar uma narrativa visual e auditiva poderosa.
A força do rap, um dos gêneros mais representativos da atualidade, mostra que é possível unir protesto, diversão e poesia em um só ambiente. Com batidas envolventes e letras afiadas, o “dia do rap” crava sua importância no maior festival do mundo e prova que o Rock in Rio é, acima de tudo, um festival de diversidade musical e cultura urbana. Certamente, será um início inesquecível de festival.
