O rock alternativo é tão jovem, tão efervescente. E foi possível sentir um pouco disso no último dia do C6 Fest 2025 com a agitada The Last Dinner Party. Vale resumir todo o concerto como apenas espetacular e elétrico.
A surpresa foi acima de tudo muito grata, já que o quinteto possui apenas um disco e fez sua passagem no Brasil ser marcante. Enquanto muitas das atrações do festival carregaram-se pela nostalgia, a banda encoraja a plateia que não as conhece a se apaixonar pelo contemporâneo e o mutável. Inegavelmente, mediante um rock setentista delirante.
Abigail Morris (vocais), Lizzie Mayland (guitarra), Emily Roberts (guitarra), Georgia Davies (baixo). Aurora Rishevci (teclado) e o baterista Casper Miles apresentaram o excelente Prelude to Ecstasy para um público energizado e provavelmente o mais barulhento do dia — quiça do festival todo.
No ao vivo, o corpo instrumental denso do disco ganhou a Tenda Metlife inteira. Abigail não parava em cima do palco e se contagiava com os aplausos; tendo até mencionado os comentários afora dos brasileiros serem super afetuosos e barulhentos (no bom sentido).
Ver canções como “Burn Alive”, “Caesar on a TV Scren” e “Sinner” ganhando vida, primordialmente, em tempo real, foi visceral. Era o combo do quinteto ao vivo, a ideia da banda executada esplendidamente, o público, a experiência, tudo.
Foi bem notório e satisfatório ver a banda performar e principalmente, se agraciar com sua própria música. Quem já conhecia sem dúvida saiu dali falando que aquele foi um dos melhores shows de suas vidas, quem não, passou a admirar.