Torvelim, projeto liderado por Luiz Libardo e formado por Ana Bea, Lucas Francisco e Ruan Pedrini, lançou seu primeiro álbum completo de estúdio, “Do Meio Pra Baixo”. Com fortes influências do pós-punk dos anos 80 e do movimento New Wave, o disco explora temas como ressentimento, melancolia, juventude e a busca por paz interior, com letras ácidas que abordam contradições, tempo e arrependimento.
Nascida do movimento BQ80 em Brusque (SC) em 2022, a banda já teve contato com a atmosfera densa do post-punk trazendo-a para o contexto brasileiro, discutindo juventude, política e questões sociais em seu EP de estreia, o “Quem Me Dera Não Sentir”.
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Por dentro do álbum
“Do Meio Pra Baixo” conta com 9 faixas. A abertura fica por conta de “Canto Torto” , música enérgica e que remete ao rock alternativo dos anos 90, com influências de Smashing Pumpkins, traz uma letra que faz referência à “A Palo Seco” de Belchior. “Uma Cobra a Mais” é a segunda faixa do disco e foi o primeiro single lançado pela banda, a música mais post-punk do disco, com uma letra bruta e levada rápida.
A terceira faixa do disco, chamada “A Última Ilusão” é uma composição de Vitor Brauer (Lupe de Lupe, Desgraça, Lencinho) com Luiz Libardo (Torvelim). “A Vista do Meio Pra Baixo” é o single do disco, a música mais melancólica usa influências da cena de Rock Triste do Brasil, também como no revival do Post-Punk em bandas como Fontaines DC. A quinta faixa do disco, é uma parceria da Torvelim com os também Brusquenses Pétala Quinto, se chama “O Que Ficou Pra Trás”, composição de Luiz Libardo e Zeca Zendron. “Torvelim” é a música de mesmo nome da banda, e tem como inspiração o Art Rock dos anos 60. “A Fuga” é um presente de Luiz Deschamps (Bandeira Federal), composta em 1989 pela banda expoente da cena Punk Brusquense “BQ80”: Bandeira Federal, a música acelerada e agressiva, é uma ode à Brusque nos anos 80, onde a cidade era chamada de a capital do rock no Brasil.
“Quem Me Dera Não Sentir” é a oitava música do disco, uma mistura entre a sonoridade do rock de Brasília dos anos 80 (Legião Urbana) com o ruído do rock experimental dos anos 90 (Radiohead). O disco se encerra com “Me Desculpe a Correria”, música lenta, triste e cheia de referências que fala sobre a infância, sonhos e perspectiva com referências sonoras de R.E.M. e Phoebe Brigders, também como referências líricas ao Galáxia (SC), banda grunge de Brusque.