O AFROPUNK Bahia aconteceu no último dia 27 no Centro de Convenções em Salvador. O festival contou com workshops e apresentações ao vivo e com transmissões exclusivas. O ESC foi conferir de perto e os detalhes você confere aqui.
O festival que celebra a cultura e as construções da comunidade negra, mostrou a importância da continuidade e da coexistência entre o futuro e o passado. O mês de novembro para o evento foi um grande acerto, já que se trata do mês que carrega o dia da consciência negra no Brasil e representa a historicidade das reivindicações dos movimentos negros.
O evento foi presencial e também transmitido ao vivo, na experiência presencial o evento priorizou limitação no número de pessoas, exigência do comprovante de vacinação completa e máscara, preocupado com os cuidados devido a pandemia de COVID – 19. A transmissão ao vivo foi feita pelo canal do YouTube e também no site do AFROPUNK. Bares de várias capitais se conectaram ao festival e ofereceram a experiência de assistir nesses locais. O evento que faz a sua primeira edição no Brasil foi muito bem produzido, a qualidade do evento marcou e selou historicamente a primeira edição do festival pelo Brasil.
Nós tivemos acesso a experiência do festival, acompanhamos aos shows incríveis de e fizemos uma entrevista incrível cheia de novidades com a Urias falando sobre a participação no evento, novos projetos e perspectivas para o futuro.
O que significou para você participar do AFROPUNK?
Um momento muito importante. Eu tinha muita vontade de voltar aos palcos e aqui em Salvador ainda, no AFROPUNK, e entender que as pessoas estão ouvindo a minha música e que a minha mensagem está chegando em todos lugares. Saber que as pessoas estão ouvindo e estão cantando junto comigo. Foi incrível, não sei descrever em palavras tudo que senti. Eu estou muito feliz e realizada, é um reconhecimento do meu trabalho.
Como foi pensada a montagem do figurino para performance?
Na ideia a gente decidiu trazer artistas e designers daqui de Salvador mesmo para tudo fazer muito sentido com o local e tudo o que significa o AFROPUNK ser aqui, o AFROPUNK ser na Bahia. Também nos inspiramos em pessoas icônicas que já participaram do AFROPUNK e escolhemos a Grace Jones para compor o look. E conversei com a minha equipe que foi impecável, eu nunca estive melhor. A minha pintura corporal foi a Verinha quem fez ela trabalha com o Timbalada também. Sou muito agradecida por toda equipe e tudo ter colaborado para que fosse um sucesso.
O que podemos esperar da parte 2 do “EP Fúria”?
Tem muitos moods nessa segunda parte, vai ter muito mood sensual e também vai ter mood com muita fúria. Por que estamos num contexto de fúria. Eu estou muito ansiosa para lançar, já terminamos de gravar e já está tudo muito planejado para o lançamento na primeira metade de janeiro e assim… aguardem…
E sobre collabs?
Sim, com certeza terá. Vai ter participação de Vírus e muito mais outras participações especiais.
Quem te inspira nas suas performances?
Eu sou uma garota que cresceu com o grande pop, muito Lady Gaga, Rihanna, Beyoncé, entendeu? Mas eu tenho tentado me inspirar em muitas personalidades brasileiras também porque faz sentido com o nosso contexto, sabe? E eu tenho me inspirado muito em Elza Soares, admiro muito o jeito como ela é forte, sabe? E acho que é nessa vibe que eu estou indo.
Pensando no futuro, o que você espera para 2022, para o período pós-pandêmico?
Quero muito fazer shows com frequência. Hoje foi uma experiência que me lembrou o quanto eu estava sentido falta e o quanto é importante pra mim. Agora que as coisas estão um pouco melhores, vamos torcer para as coisas continuarem a melhorar e espero viajar o país levando o que eu tenho para falar para todo mundo.
A conta oficial do evento já confirmou as datas da 2ª edição para 26 e 27 de novembro de 2022 em Salvador, Bahia. Será que estamos ansiosos?