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5 dramas que vão te deixar pensando sobre a vida

Existem filmes que nos fazem sentir, olhar e pensar no mundo por outra perspectiva. Ficção ou não, algumas histórias podem marcar nossas vidas entre 90 e 120 minutos. Se é isso que você procura, leia essa lista com papel e caneta na mão.

Rotinas que começam às 7 da manhã e terminam para lá das nove da noite. Tem dias que nem percebemos o sol mudando de posição, esquecemos de tirar a bagunça do carro por semanas, e aqueles ingredientes para testar uma receita nova ficam meses parados no armário. Aquele filme que está na watchlist há quase um ano, então… Mas é justamente aquele filme que, quando reservamos um fim de tarde na própria companhia, que transforma a nossa percepção do que é viver um dia de cada vez.

E não é que esses filmes também abordam a vida diária? Às vezes, a entrada à vida adulta vista pela perspectiva de um adolescente, noutras, uma jornada de trabalho comum na terceira idade, e ainda, a vivência entre famílias que, assim como a minha e a sua, caro leitor, não é perfeita. A honestidade e falta de perfeição desses filmes talvez seja a maior graça deles.

O gancho que nos conecta a essas histórias em uma cena ou outra, naquela trilha sonora que encaixa com o sentimento que buscamos no filme, e ainda aquelas cenas de paisagens nos subúrbios que, pelas lentes de um bom diretor, é transformado em poesia. 

Essa lista de 5 filmes que vão te fazer pensar sobre a vida foi preparada pensando naquele dia que você simplesmente escolhe não repetir sua rotina para se transportar a outra “realidade” na tela, mesmo que por pouco mais de 90 minutos:

“O Raio Verde” de Éric Rohmer (1986) 

A coragem em viajar sozinha é uma decisão difícil para Delphine (Marie Rivière), uma mulher tímida, que mesmo nas tentativas de se enturmar e fazer parte de grupos, se sente sozinha e deixa que os outros falem por ela. Em uma das melhores cenas do filme, Delphine começa a chorar enquanto outra mulher tenta puxar uma diversidade de assuntos para animá-la. Outras vezes, ela parece rir da própria dificuldade. Identificar-se com ela é fácil porque ela é real, e se você gosta de cenários bonitos, não pode deixar de ver as viagens de Delphine pela Europa, mas um pequeno spoiler: você vai sair do filme querendo ler Júlio Verne no pôr do sol em uma praia europeia. 

Assista na Prime Video (aluguel)

“C’mon C’mon” (Sempre em Frente) de Mike Mills (2022)

Essa é para você, fã do Joaquin Phoenix que aguarda o próximo grande filme dele em outubro. No meio tempo, você pode tirar uma tarde para assistir C’mon C’mon, ou Sempre em Frente, em tradução brasileira. Phoenix interpreta um jornalista com um projeto de documentário com crianças de todo o país sobre o que elas imaginam do mundo no futuro.

Mas o que era para ser apenas um projeto de trabalho se torna realidade quando o jornalista recebe o pedido da guarda de seu sobrinho Jesse, uma criança inteligente, sensível e otimista sobre o mundo que está por vir. Ah, e um detalhe: o filme é em preto e branco, e segundo o diretor, essa escolha reforça o tom de seriedade em uma história cujos protagonistas são crianças. 

Assista na Max

“Dias Perfeitos” de Wim Wenders (2023)

O recente favorito dos assinantes MUBI (o meu é Fallen Leaves, mas isso eu posso deixar para outra lista). Existem dois lados da história em Dias Perfeitos: o filme te provoca a desacelerar, um desafio difícil nas condições atuais da mente humana quando pensamos em trabalhar, cultivar hobbies e relacionamentos, ter autocuidado… e, ao mesmo tempo, somos agoniados pela metodologia de vida silenciosa de Hirayama, interpretado por Koji Yakusho, um senhor de meia idade que trabalha como zelador de banheiros públicos de Tóquio e, assim como no seu emprego, aplica hora, data e local para cada uma das suas atividades pessoais.

Sua rotina é minuciosa, e isso é exposto pelas cenas lindas e detalhistas pelas lentes de Wim Wenders, cabendo a nós enxergar o que há de sensível em dias trancafiados na previsibilidade.

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“Boyhood: Da Infância à Juventude” de Richard Linklater (2014)

Um olhar atencioso sobre uma família pela perspectiva da criação de um menino. De forma ligeira, essa é a proposta do filme de Richard Linklater, que dirigiu o filme durante 12 anos, com o mesmo elenco, e de fato, acompanhando o amadurecimento de cada um de seus personagens.

Acima de tudo, o longa nos coloca frente à frente com situações marcantes na memória de uma criança e como o tempo moldou seu comportamento, gostos e decisões para toda a vida. Se você está procurando por uma viagem nos anos 2000, essa deve ser a sua escolha de filme por hoje.

Assista na Netflix

“Gênio Indomável” de Gus Van Sant (1998)

Os brilhantes Matt Damon e Robin Williams interpretam um jovem inteligente e um psicanalista, que passam a ter encontros semanais por ordem judicial, já que o rapaz possui passagens pela polícia. A relação entre os dois é clara: começa fria, difícil, alternando entre momentos-chave que abrem o coração de ambos.

Dirigido por Gus Van Sant, não tinha como o filme ter outro aspecto que não fosse natural e espontâneo, quase como se estivéssemos assistindo a um teatro em que os atores deixam as próprias emoções irem além do filme. Pequeno spoiler: o que dizer de cenas em que um único abraço leva os personagens às lágrimas?

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Nota pessoal: A primeira vez que assisti, pensei “esse filme precisa ter uma boa trilha sonora!”, pois dito e feito. Fãs de indie rock, aproveitem 120 minutos de cenas que lembram do outono, da juventude e da melancolia ao som de Elliott Smith.

***

Se uma destas pequenas sinopses — levemente influenciadas por gosto pessoal — te tocar, então a lista já está cumprindo seu papel. Ainda existem outros gêneros de filmes que nos levam a pensar sobre tantos outros aspectos da vida, da animação ao terror!

Mas os dramas são abrangentes e permitem que exista romance, comédia, suspense e outros inúmeros sentidos que nos atravessam durante toda a vida. Aproveite a sessão e desacelere ao assistir um destes na própria companhia ou ao lado de alguém que também precisa desse momento.

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