“É como se a ignorância se encontrasse com a elegância”. É desta forma que Masego define a sua sonoridade, o TrapHouseJazz que o projetou globalmente. Nascido em Kingston, na Jamaica, e criado em uma comunidade cristã em Virgínia, nos Estados Unidos, o músico vem ao Brasil — pela primeira vez com a sua banda completa — como uma das atrações internacionais do AFROPUNK Bahia, marcado para os dias 26 e 27 de novembro, no Parque de Exposições, em Salvador. O artista é a segunda atração internacional anunciada (antes, o evento confirmou a presença do duo colombiano Dawer X Damper no line-up).
Nomes como Emicida, Baco Exu do Blues, Liniker, Black Pantera, ÀTTØØXXÁ e Karol Conká, Psirico, Mart’nália com Larissa Luz convidando Nelson Rufino, A Dama com MC Carol e Nic Dias, Ministereo Público Sound System e Yan Cloud também estão garantidos na programação. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla (compre aqui).
A participação de Masego no canal Colors, que acumula mais de 54 milhões de plays na performance de “Navajo”; o viral de “Tadow”, faixa que ele fez em colaboração com o músico e produtor FKJ; e o seu disco de estreia, Lady, Lady (2018), foram apenas alguns dos lançamentos que colocaram o artista nos holofotes. Indicado ao Grammy pelo álbum Studying Abroad: Extended Stay (2020), Masego vem estreitando as suas conexões com o Brasil, o que faz da vinda dele para o AFROPUNK Bahia ainda mais especial.
Ele tem se aproximado da cultura e da história brasileira por meio do podcast “Vidas Negras”, desenvolvido pelo jornalista Tiago Rogero; e também do livro “Histórias Afro-atlânticas: antologia”, que reúne 44 textos de referência escritos por pesquisadores, ativistas, teóricos, músicos, artistas e curadores que dão visibilidade e colocam em análise as questões em torno de uma noção afro-atlântica e de seus desdobramentos conceituais, políticos, sociais, filosóficos e artísticos. No começo do mês, ele twittou ainda um trecho da letra de “Minha Alma Cheira Talco”, de Gilberto Gil, demonstrando que as suas pesquisas também percorrem o campo musical.
“O Brasil é onde posso me misturar e, ao mesmo tempo, é onde me sinto visto. Estou lendo livros e conversando com mentes inteligentes para aprofundar minha conexão com o país e as pessoas”, afirma Masego. “Li sobre a Bahia e estou aprendendo o que significa tocar no local que é fonte de cultura e história. Todo mundo sempre pergunta o que esperar do meu show, mas acho que a resposta sempre será: ‘você terá que esperar para ver’. Tudo o que eu vejo, sinto e experimento antes de um show, se torna o show”, ele complementa.