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Evanescence eletriza Belo Horizonte em show cheio de hits e nostalgia

Sucesso em terras mineiras, o banda de metal alternativo esgotou o Arena Hall em duas noites arrebatadoras


Quase trinta anos após o começo do Evanescence e duas décadas após o lançamento de “Fallen“, álbum de estreia responsável por projetar os músicos ao mundo, o grupo que traz Amy Lee nos vocais chegou em Belo Horizonte para duas apresentações esgotadas e emocionantes.

Com aproximadamente cinco mil fãs por noite, o espaço se viu repleto de roupas pretas e em detalhes coloridos: marcada pela diversidade, a plateia se respeitou e se uniu em um coro de aproximadamente uma hora e meia entre canções nostálgicas e recentes que resgatam uma das bandas mais icônicas de metal dos anos 2000.

Evanescence em São Paulo / reprodução 30ebr

Carismática e com vocais surpreendentes, Amy Lee entrou no palco quase pontualmente com “Broken Pieces Shine“, do álbum mais recente, “The Bitter Truth“, lançado em 2021. Seguida por “What You Want“, de 2011 e “Going Under”, de 2003, os fãs presentes já podiam ter um gostinho do que seguiria: uma viagem pelo tempo, espaço e memórias construídas ao som daquelas músicas.

A viagem pelas décadas, no entanto, pareceu não afetar a vocalista, que impressionou com a aparência quase intacta e a voz absurdamente potente, por vezes doce, triste e até raivosa, que parecia ecoar pela Arena e sacudir todos os corações emocionados no espaço.

Além dos vocais intactos, Amy ainda tocou piano em diversos momentos do show, demonstrando não apenas sua versatilidade e talento, mas também sua presença intrínseca na essência da banda — que complementava o espetáculo com maestria. Will Hunt, por exemplo, era o baterista que cravava as batidas e balançava o corpo da platéia, que se agitava em êxtase. Suas coreografias com as baquetas não passaram despercebidas, como em “Call Me When You’re Sober“, super hit de 2006, que o permitia brincar com o instrumento e arremessar a ferramenta em loopings pelo céu, antes de explodirem nas batidas viciantes e marcantes da banda.

Evanescence em São Paulo / reprodução 30ebr

E foi nessa espécie de viagem no tempo que passeamos pelos cinco álbuns da banda, matando a saudade de hits gigantescos que arrancaram coro da platéia, com direito a alguns deep cuts e até uma palhinha de Amy Lee cantando em português após arrasar em “My Immortal“, um dos maiores hits do grupo.

Ficou evidente ao fim da apresentação o comprometimento dos presentes com a música e a arte — tanto o público que se dedicou em viver ao máximo a experiência, quanto a banda que se mostrou competente e afiada, mesmo após décadas de carreira.

Reforçando o discurso de Amy Lee em alguns momentos, o concerto foi o exemplo de união que a música pode provocar, a reunião de tribos e diferenças em prol de algo que une todos na emoção: a arte. Uma noite inesquecível e mais um show marcante que Belo Horizonte tem a honra de sediar.

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