5 álbuns para curtir a bad

Confira a seleção que fizemos de grandes álbuns para acabar com o seu dia (mas não é por mal!)

Quem nunca ficou triste e colocou música triste para ficar ainda mais triste que atire a primeira pedra. Em uma atitude quase que autopunitiva, deitamos em nossas camas ou vamos aos nossos chuveiros e ligamos o som para ficarmos totalmente imersos em nossos pensamentos naquele momento super para baixo, servindo de trilha sonora como se estivéssemos em um filme. E tá tudo bem, às vezes é disso que precisamos mesmo!

Pensando nisso, preparamos uma lista com cinco álbuns perfeitos para você dar o play e curtir a vibe deprê, sem precisar se preocupar em pular faixas ou lidar com interrupções que quebrem a sequência cinematográfica na sua cabeça.

Seja uma desilusão amorosa, solidão ou apenas um daqueles dias melancólicos, seu sofrimento está contemplado aqui! Em ordem cronológica de lançamento, veja os álbuns que vão acabar com o seu dia (mas sem querer estragar nada — ele já estava acabado mesmo!):

“In The Lonely Hour” (2014), de Sam Smith

O álbum de estreia de Sam Smith já chegou fazendo história. Indicado a Álbum do Ano – a categoria principal da premiação – no Grammy de 2015, Sam levou para casa os gramofones de Artista Revelação, Melhor Álbum Vocal de Pop, Canção do Ano e Gravação do Ano. Será que valeu toda a angústia passada? Para nós, meros consumidores, certamente valeu!

Com 10 faixas (ou 23, se você quiser dobrar sua tristeza com a versão estendida In The Lonely Hour – Drowning Shadows Edition), Smith traz baladas focadas no piano e com letras extremamente emocionais após o término de seu relacionamento, expondo sua intimidade, vulnerabilidade e solidão. Se você não souber inglês, não se preocupe! A angústia nas músicas é transmitida de forma universal.

Em agosto de 2024, Sam Smith lançou uma nova versão do álbum em comemoração aos 10 anos de lançamento. Nele, a cantora brasileira IZA foi convidada para cantar “Lay Me Down”, inclusive contendo trechos em português. Fica a dica extra!

Indicamos: Not In That Way, Lay Me Down, I’m Not The Only One e Like I Can.

“Cigarettes After Sex” (2017), do Cigarettes After Sex

O álbum homônimo de estreia da banda Cigarettes After Sex é um prato cheio para aquele dia melancólico. Particularmente, só consigo ouvir em dias nublados e chuvosos.

Com uma sonoridade etérea, suave e coesa, eles criam uma atmosfera intimista e contemplativa, marcada por influências de dream pop e slowcore, tudo envolto em letras que trazem as complexidades emocionais das relações à tona. É ideal para um cenário de friozinho, cobertas e um chá. Ou um vinho barato, dependendo da sua situação.

Se você gostar do que ouvir, fica a recomendação dos outros dois álbuns deles: “Cry” (2019) e “X’s” (2024). O som é bem parecido – até demais -, mas cumprem perfeitamente o papel de definir melancolia e merecem um lugar na lista.

Indicamos: K., Each Time You Fall In Love, Sunsetz e Apocalypse.

“Melodrama” (2017), da Lorde

Um dos álbuns mais marcantes dos anos 2010 não podia ficar de fora dessa seleção. Para muitos a obra-prima de Lorde, “Melodrama” aborda temas como a solidão, a autodescoberta e os altos e baixos das experiências da juventude. A obra é uma espécie de narrativa de uma festa, repleta de metáforas sobre isolamento e caos interno.

Com isso, temos faixas com sonoridade mais animada que remetem a festas, como “Green Light” e “Homemade Dynamite”, e outras bem cruas, como “Liability” e “Writer In The Dark”, que escancaram a tristeza que permeia todo o conjunto. É para ouvir igualzinho aparece na capa.

Indicamos: Homemade Dynamite, Liability, Supercut e Sober II (Melodrama).

“Recomeçar” (2017), do Tim Bernardes

Sofrimento nacional? É claro que temos! Terceiro álbum do ano de 2017 da lista, “Recomeçar” é um estudo sobre renovação pessoal, aceitação e os processos de recomeços que enfrentamos na vida. Em uma abordagem introspectiva com arranjos acústicos, Tim cria um ambiente acolhedor e reflexivo para o seu dia, tarde ou noite de bad.

A pegada indie e MPB domina o registro, com letras para ouvir prestando atenção, pois alguns podem acabar no seu caderninho, tuítes ou terapia. Ou nos três.

Indicamos: Talvez, Não, Ela e Tanto Faz.

“Violeta” (2019), do Terno Rei

Para fechar a lista, temos “Violeta”, o disco de maior sucesso da banda paulista formada em meados de 2010. Ao longo de 11 faixas, Terno Rei apresenta suas letras carregadas de saudade, nostalgia, crescimento e mudança com elementos de dream pop, indie rock e shoegaze.

Além da identificação pelo idioma, se você mora em São Paulo ou Belo Horizonte, também reconhecerá o cenário, já que ambas são citadas nas músicas “São Paulo” e “Solidão de Volta”, respectivamente. Os sintetizadores espaciais e a voz sutil do vocalista e baixista Ale Sater – primo de Almir Sater – vão te conquistar!

Indicamos: Solidão de Volta, Medo, Luzes de Natal e Vento na Cara.

Buscando um lado positivo nisso tudo, apesar de toda a tristeza envolvida nessa seleção da bad, a música é de qualidade. Se a sua missão é navegar pelas águas turvas do sofrimento, que faça isso com classe e uma trilha sonora à altura. Pelo menos esse caminho você tem agora!

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