Apesar de público menor, Iggy Pop entrega show memorável digno de palco principal 

Com grandes sucessos que marcaram sua carreira, Iggy Pop faz show que entrou para a história do The Town

No Dia do Rock no festival The Town, houveram várias amostras de que o gênero permanece vivo e evoluindo, mas principalmente, envelhecendo de forma espetacular. Isto ficou evidente com a apresentação de Iggy Pop, no dia 7, que conseguiu tirar o fôlego dos público do palco The One. 

Conhecido por seu estilo simples, mas que virou sua marca registrada — uma calça de couro e o torso descamisado —, Iggy Pop iniciou a apresentação com “T.V. Eye”, uma canção forte não apenas pelo ritmo, mas também pelo apelo imediato no público, que já entrou no clima do show.

Mesmo enxuto, o público se mostrou um dos mais ativos. Jovens, punks e o cativo “homem de meia idade hétero top” curtiram em uníssono os grandes sucessos de Iggy Pop, abraçados, cantando a plenos pulmões, com as mãos erguidas fazendo o símbolo mais famoso do rock and roll e clamando pelo cantor, que se divertia e apontava o microfone para a plateia.

Iggy Pop no The Town em São Paulo para Wikimetal — Créditos: Marcela Lorenzetti

Todo esse clamor só foi possível graças a um artista tão carismático quanto Iggy Pop. Mesmo em idade avançada, o cantor não poupou fôlego: dançou até cair, mal parava para respirar e já estava novamente repetindo passos e interações com o público. Destaque para o momento em que regeu um coral da plateia em “Funtime”.

No setlist, o compositor reuniu algumas de suas canções mais famosas em carreira solo, como “Lust For Life”, “Passenger” e “Some Weird Sin”, além do cover de “Louie Louie”, dos The Kingsmen. Porém, o que predominou foram os clássicos do The Stooges, sua antiga banda. De “Gimme Danger” e “Search & Destroy” até “I Wanna Be Your Dog”, Iggy despertou o que havia de mais punk em seus fãs.

O que se pode garantir desse show é que, apesar do tempo, Iggy Pop não se deixou levar pelas mudanças da idade e entregou uma das melhores apresentações não só do dia, mas de todo o festival. Talvez seu jeito polêmico, que nem sempre agrada a todos, tenha impedido que ocupasse o Skyline, palco principal, mas sua energia, presença e repertório seguem dignos de um headliner.

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