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Babalé lança Fresta, seu novo EP

Gravado durante os dias ébrios do carnaval de 2020 e produzido por PV no Netuno Estúdio, em Feira de Santana, Fresta é um trabalho difícil de situar com precisão dentro de um gênero musical específico, o que o torna ao mesmo tempo deliciosamente confuso e interessante. O EP conta com Elder Silva na bateria e percussão. PV assume as guitarras, o bandolim e, nas faixas “Tu pode voar” e “Nibiru”, o baixo.

Tem também a participação de Anderson Duarte, baixista da banda de reggae A Cor, nas faixas “A linha do destino” e “Passiflora”. O arranjo instrumental às vezes um pouco agressivo faz contraste com a voz doce de Babalé que tem sempre uma maneira inteligente e sutil para tratar de temas delicados. O violão de Babalé é o eixo estruturador do disco, os outros elementos que o acompanham acrescentam uma bagagem rica e diversa que conversa diretamente com o novo.

Conheça Babalé

Babalé é cantora e compositora brasileira, “uma fada com voz de elfo e alma de salamandra do amor”, disse o saudoso menestrel Dércio Marques, para quem gravou em 2010 a canção “Cordas e Voz” de autoria de Chico Leite, seu pai. Nascida na Chapada Diamantina baiana, Babalé criou seu nome artístico logo que aprendeu a dizer as primeiras palavras. Ainda criança, muda-se para Salvador e grava participações em trabalhos de artistas da cena da sua região.

Em 2014 forma-se em arquitetura pela UFBA e, no mesmo ano, ingressa no curso de Música Popular na mesma universidade. Sua música contemporânea mistura elementos da música dita regional com rock, jazz, reggae e experimentos com ritmos complexos. As letras frequentemente apresentam um universo profundo e enigmático, por vezes difíceis de se revelar de primeira ao ouvinte desatento.

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