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Crítica | Awolnation, “The Phantom Five”

Awolnation se despede em grande estilo com The Phantom Five: um último voo inspirador que marca uma jornada musical memorável

Em um cenário musical onde o inesperado se tornou a norma, Awolnation retorna com seu sexto álbum de estúdio, The Phantom Five. Lançado em 30 de agosto de 2024, o disco parece ser um verdadeiro presente para os fãs de longa data, combinando a essência da banda com novos experimentos sonoros. E, embora o líder Aaron Bruno tenha insinuado que este poderia ser o último capítulo do Awolnation, The Phantom Five faz mais do que apenas marcar uma despedida — ele encapsula uma jornada musical memorável.

O álbum abre com força com “Jump Sit Stand March”, uma colaboração marcante com Emily Armstrong da banda de punk rock Dead Sara. A energia crua e as letras incisivas criam uma faixa de abertura que imediatamente captura a atenção, estabelecendo o tom para o restante do disco. Como Bruno explicou, a música reflete a superestimulação e a frustração de agradar a todos — um tema que ressoa ao longo do álbum.

Um dos pontos altos de The Phantom Five é sem dúvida “Panoramic View”, que já se tornou um hino entre os fãs. Com sua melodia envolvente e letras que convidam à introspecção, a balada destaca a habilidade do Awolnation em criar atmosferas sonoras que tocam a alma. Não é apenas uma canção, mas uma experiência, um convite para mergulhar em uma visão panorâmica do mundo através da lente única de Bruno.

Outro destaque é “Outta Here”, que fecha o álbum de forma épica, rememorando a era de Run. Aqui, a banda volta às suas raízes, misturando eletrônicos e guitarras com maestria. É uma despedida digna, carregada de emoção, e que oferece um fim grandioso para o que pode ser o último capítulo da carreira do Awolnation. E, claro, o single “I Am Happy” com Del the Funky Homosapien traz uma vibração contagiante e inusitada, provando que Bruno ainda tem cartas na manga. Mesmo com algumas experimentações que podem parecer fora do comum, a faixa pulsa com energia e autenticidade.

Enquanto algumas faixas, como “City of Nowhere”, podem parecer breves interlúdios em comparação, elas adicionam camadas ao conceito mais amplo do álbum. The Phantom Five não é apenas uma coleção de músicas, mas uma narrativa que explora diferentes facetas do ser — um reflexo das próprias experiências de Bruno e de sua jornada musical.

The Phantom Five é um trabalho que, apesar de suas variações, mantém a essência que fez do Awolnation uma banda tão amada. Se este for realmente o último álbum, ele deixa os fãs com um sentimento de completude, como se cada nota e cada verso tivessem sido cuidadosamente planejados para oferecer uma despedida à altura.

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