‘Enola Holmes’ traz de volta a clássica história da personagem criada por Nancy Springer em sua série de livros de mesmo nome, contando a jornada de amadurecimento da desafiadora irmã mais nova de Sherlock Holmes (Henry Cavill) e Mycroft Holmes (Sam Claflin), interpretada por Millie Bobby-Brown e que merece ser destacada como uma de suas melhores atuações. A estrela de Stranger Things provou que consegue viver papeis mais maduros e assim entregar um outro lado artístico.
Bobby Brown consegue entreter quem assiste com diversas artimanhas além da conversa direta da quebra da quarta parede. Em uma aventura totalmente diferente, Millie está astuta e rápida no que se diz à amadurecimento artístico, mesmo que isso reflita em certos pontos de forma negativa com uma atriz tão jovem.
Dirigido por Harry Bradbeer, diretor também de Fleabag, tem um clima e interação bastante característico, como a quebra da quarta parede que no filme (assim como em Fleabag) conseguiu ser muito bem executada, sem se tornar um empecilho ou algo negativo como geralmente acontece por seu uso em excesso.
Um ponto muito interessante do filme é a atuação tímida de Hele Borham-Carter, que interpreta a mãe de Enola, Sherlock e Mycroft. Apesar de aparecer em poucos pedaços, muitas situações estão diretamente entrelaçadas entre as personagens que conseguem sobreviver às 2h03 de filme sem perder a graça ou o interesse do público.
A grosso modo e sem spoilers, Enola Holmes convida o telespectador à acompanhar suas aventuras leves e divertidas, ainda que bastante madura para sua idade. Se fosse definir, seria o típico filme família: agrada à todos que vão assistir, seja por atuações gostosas, enredo que consegue prender sem soar prematura muito menos bobinho, e diálogos que se sobressaem durante as cenas que os precedem.
Assista ‘Enola Holmes’ na Netflix.
