Crítica | “Sobrenatural: A Porta Vermelha” é o mais fraco da franquia

Buscando forças na história que deu origem à saga, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” se esforça mas não atinge o nível dos filmes anteriores.

Após longos anos desde o último lançamento, o novo filme da saga “Sobrenatural” retorna com a história que deu origem a uma das melhores sequências de terror do cinema.

Aparentemente, o quinto filme da franquia desenha sua trajetória para o fim de um enredo um tanto consistente. Causando expectativas com o trailer eletrizante, o filme que levou o título de “A Porta Vermelha” — “Insidious: The Red Door” em seu título original — não eleva o nível de qualidade e, consequentemente, surpreende com a monotonia no clichê.

Apresentando, novamente, os Lamberts, o filme retrata alguns traumas de família causado pelas noites perturbadoras que ocorreram 9 anos antes da época situada, o desenvolvimento solo de alguns personagens e se aproveita até mesmo alguns ganchos do quarto filme. É uma nostalgia interessante para a trama mas que não funciona pelo roteiro batido e situações mal dissolvidas.

A tentativa de encerrar a história de uma família atormentada parece um problema cada vez mais distante de ser solucionado devido a um apagão na memória de Josh e Dalton. Circulando ao redor de uma pegada mais dramática, o filme dá um pouco mais de atenção para os problemas pessoais dos personagens. O que não é algo ruim. Exceto quando as informações são apenas despejadas dentro de um curto limite de tempo e, por consequência, não se desenvolvem tão bem quanto deveriam.

De modo geral, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” é morno e se apoia em jumpscares (poucos, por sinal, comparados ao restante da franquia) para desenvolver um clima que claramente não se mantém estável.

Se tornando um dos mais fracos, mesmo com tantas ideias promissoras que foram prometidas ao longo da história, o novo filme de Patrick Wilson decepciona fãs mas não perde o potencial de atrair curiosos e amantes do terror, já que ainda ainda expõe as aparições que, muitas vezes, não saem da imaginação.

Apesar de tudo, o quinto filme da franquia é uma homenagem aos 12 anos de estrada dessa trama e acaba sendo um encerramento digno. Sem ganchos ou até mesmo, portas abertas. É um círculo completo.

33/100

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