Protagonizado pelos membros do Foo Fighters — Dave Grohl, Nate Mendel, Pat Smear, Chris Shiflett, Rami Jaffee, William Goldsmith, Franz Stahl e Taylor Hawkin —, o longa especial Terror no Estúdio 666 (ou Studio 666, no título original) acompanha o grupo americano no processo de gravação do seu décimo álbum: o Medicine At Midnight.
Em busca de algo grandioso, o empresário sugere que eles façam isso num casarão macabro em Encino, na Califórnia. O disco acaba, por assim dizer, prejudicado quando o vocalista desperta uma maldição, é possuído e começa a matar seus colegas.
Ter membros de uma banda de rock protagonizando filmes na qual eles são eles mesmo não é uma novidade para o mundo cinematográfico, mas de todos que já foram lançados, esse tem uma “magia” um tanto quanto especial e igualmente tenebrosa. Aqui conhecemos um Dave Grohl irônico à tudo aquilo que existe de mais clichê dentro do universo do rock, seja os elementos que beiram o ocultismo ou essas fantasiosas histórias que existem por trás de determinados álbuns.
Terror no Estúdio 666 parte de uma história criada pelo próprio vocalista da banda que se mostra sem medo nenhum de exageros nas cenas de terror, beirando o slasher sem problema algum. Com direito a muito sangue, cabeças decepadas e cenas violentas mostradas de maneira bem explícita, vemos uma clara referências aos filmes do gênero de décadas passadas e hoje verdadeiros clássicos do cinema como A Morte do Demônio e Tenacious D — esse último também contou com a participação do vocalista do Foo Fighters, Dave Grohl.
Acompanhado dos demais membros da banda, Taylor Hawkins, Pat Smear, Chris Shiflett, Rami Jaffee e Nate Mendel, Dave consegue entregar um filme extremamente divertido para os amantes do gênero (e principalmente para os fãs da banda), recheados de momentos aterrorizantes e caricatos com uma dose bem generosa de rock’n’roll. Ou seja, Studio 666 é a cara do Foo Fighters.
A sátira direta ao “mundo sombrio” do rock e aos filmes de terror se mostrou uma combinação perfeita nas mãos de uma história bem contada. Ao mesmo tempo que temos uma produção visual bem feita, acompanhamos uma sequência de acontecimentos rápidos e que muitos mais acrscentam na história do que divergem por algum motivo. Studio 666 tem começo, meio e fim muito bem interligados, fazendo com que a narrativa em si seja divertida — e aterrorizante — de se acompanhar.
Apesar do tom meio mórbido presente no no projeto devido aos últimos acontecimentos na vida real da banda, o filme consegue se desprender disso e, do meio para o final, entretém de forma genuína quem está assistindo. Terror no Estúdio 666 é lançado agora, poucas semanas depois de uma perda importante como o falecimento de Taylor Hawkins — tanto para a banda, quanto para a música. Mas mais do que uma homenagem ao bateirista eterno do Foo Fighters, temos aqui uma participação característica e divertidíssima.