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Cruel Youth e a melâncolia em ser nostálgico

Uma sonoridade inigualável e um desejo avassalador em fazer música, uniu Teddy Sinclair e Willy Moon em Cruel Youth.

Fruto de idas e vindas na trilha de Teddy Sinclair, Cruel Youth se torna uma ponte imperiosa para que sua marca seja eternizada. Ao lado de seu marido, Willy Moon, a cantora até então sob o pseudônimo de Natalia Kills, transiciona — mais uma, dentre muitas vezes, para uma fase totalmente diferente em sua carreira.

Iniciando as atividades em 2016 com “Mr. Watson“, o primeiro single da banda coloca as cartas na mesa de tudo que estavam prestes a oferecer: um pop alternativo carregado de nostalgia e letras acentuadas. Desde então, com selo de artista independente, Cruel Youth lançou seu primeiro álbum +30mg no mesmo ano de sua estreia, transformando o curso de todas as coisas em um caminho onde o futuro era um tanto questionável.

Devido a provável falta de investimento causada pelos boicotes à carreira de ambos integrantes, o duo formado pela compositora de grandes sucessos como “Kiss It Better” de Rihanna e o não apenas cantor, mas também, um excêntrico produtor musical, enfrentaram certas dificuldades para dar continuidade aos trabalhos em grupo.

Após o lançamento de seu primeiro disco, o hiato que pareceu uma eternidade, se encerrou com a promeça de um projeto não-finalizado. Em 2018, a banda retornou com os singles “Devil In Paradise” e “Portraits of a Female”, trazendo duras críticas a Hollywood e a indústria musical. No mesmo ano, em entrevista para a Paper Magazine, Teddy Sinclair pontuou a situação que fez sua carreira desandar e, mesmo assim, não foi o suficiente para que os números abraçassem sua nova tentativa de adentrar o universo da música, até que em 2019, a banda esteve presente na trilha sonora da série Godfather of Harlem com a canção “Black River”. Assim como em 2021, com “No Bark When I Bite”, ao lado de Rick Ross, também na trilha da série.

Os mais recentes lançamentos da banda, “Mr. Badman” e “Sunny”, são canções lançadas em 2022 e 2023 respectivamente, ainda na tentativa de emplacar um projeto tão coeso e bem trabalhado quanto seu primeiro álbum, mas sem sucesso.

A qualidade inigualável das produções de Cruel Youth são um dos pilares que tornam a banda um grande nome a ser lembrado. Já a perseguição ao passado de Natalia Kills, era um fator premeditado. A melâncolia na nostalgia das músicas se glorifica no nome da banda e marca uma passagem formidável na trajetória do casal que ainda aparenta ansiar pelos (merecidos) holofotes.

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