Cut Copy cria sonoridade única com sua fusão de eletrônico e rock

Banda australiana vem ao Brasil trazendo uma discografia forte, com elementos eletrônicos sendo utilizados de forma singular na criação de cada música.

A banda australiana Cut Copy já tem alguns anos de estrada, e sua evolução musical focada no eletrônico é um dos seus fatores mais marcantes até hoje. Se em 2004 quando oficialmente colocaram no mundo o primeiro disco, (‘Bright Like Neon Love‘) já era possível perceber que mesmo com um trabalho sólido, ainda havia muito que seus membros queriam aperfeiçoar para chegar o mais próximo possível de uma mixagem perfeita de rock com eletrônico.

Apesar do rock ser um ponto interessante em seu som, aqui ele costuma ser coadjuvante das batidas de sintetizadores que dominam boa parte de tudo que criam. Determinar uma sonoridade foco e colocar esse som no meio, para depois ir adicionando outros gêneros como uma forma de ‘tempero’, é algo que se nota até hoje em seu trabalho mais recente; ‘Freeze, Melt‘.

A sonoridade da banda passeia pelos subgêneros desde o inicio da carreira, pois é possível ouvir um pouco de synth-pop, dance e house em cada pedaço de sua discografia. O que Cut Copy faz com tudo isso são várias experiências para trazer um gostinho cada vez melhor da famosa indietronica. O nome estranho é apenas uma denominação do rock que adapta elementos e instrumentos eletrônicos, algo nada incomum para quem costuma ouvir MGMT ou Animal Collective também. Mas essa área é tão bem dominada pela banda australiana que é possível ouvir uma música e perceber onde cada elemento se encaixa. Experimentar ‘Standing In the Middle of The Field‘ é se sentir em uma viagem frenética de quase seis minutos tão rica e envolvente que ouvir só uma vez (mesmo com sua longa duração) não é o bastante para perceber o necessário na produção.

Sua obra mais famosa segue sendo ‘Zonoscope‘, de 2011. O disco foi um dos maiores queridinhos da crítica em seu ano de lançamento, e ainda garantiu ao grupo uma indicação ao Grammy de melhor álbum dance/eletrônico, concorrendo com grandes nomes do gênero como Skrillex e Robyn. Ouvi-lo agora é como entrar em uma máquina do tempo singular, pois cada música parece remeter a uma era do passado ou que ainda viria da banda. Há músicas que cairiam muito bem tanto em ‘In Ghost Colours‘, quanto em ‘Free Your Mind

E como 2023 não para de ser um baita ano para shows internacionais no Brasil, 19 de março é o dia que o Cut Copy vai marcar presença por aqui. A banda se apresenta no Cine Joia logo após a festa Luna, que começa as 16h00.

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