O Festival Criatura chega a sua 4ª edição no ano de 2024, com uma programação plural, que celebra as artes em suas múltiplas linguagens. O projeto ocupará diferentes espaços da cidade de Belo Horizonte entre os dias 3 a 27 de agosto, destacando os encontros entre as artes em suas multilinguagens, e os encontros entre as artes e as pessoas: as experiências artísticas pessoais e coletivas que criam espaços de interação entre setores diversos da cidade. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
Já em sua abertura, o festival tem a principal concentração de suas atividades. No dia 3 de agosto, o Festival Criatura ocupa o Palácio das Artes com uma programação extensa que explora o potencial das artes integradas nos mais diversos contextos. Ao longo de todo o dia, shows, feiras, oficinas, aulas e exibições de filmes tomam os espaços do Palácio das Artes – a Sala Juvenal Dias, os jardins, o Cine Humberto Mauro e o hall –, de forma a promover intercâmbios criativos e valorizar as diferenças em grandes proporções. Além disso, ao longo do mês de agosto, o Festival também conta com atividades em centros culturais, institutos e centros de formação (CEFART, Instituto Mano Down, Centro Cultural Venda Nova, Centro Cultural Vila Santa Rita e Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira), como parte de sua programação.
Assinada por Efe Godoy, artista visual transgenere, a identidade do Festival Criatura traz a leveza de suas fabulações espontâneas, contribuindo para um olhar plural para as artes, a cidade e para a vida com muito afeto. Efe Godoy pesquisa hibridismo em suas variadas linguagens, com ênfase em recortes de memórias da infância e fabulações espontâneas.
Programação completa
No dia 3 de agosto, a programação musical se inicia às 13h, no Jardim das Galerias, com apresentações de Artur Pádua, além de uma seleção de DJs – entre eles, DJ Naroca, DJ Bill, DJ Abu (Xifuta Records) e DJ Belisa (Masterplano). Na Sala Juvenal Dias, a partir das 18h, as artistas Luiza Brina e Iara Rennó apresentam seus mais recentes trabalhos a ingressos populares.
Artur Pádua, artista de destaque no cenário musical brasileiro, apresenta repertório de seu segundo álbum, “Sereno” – sua estreia como compositor e letrista –, além de canções de seu disco de estreia, que contou com participações renomadas, entre regravações e músicas inéditas.
Luiza Brina, que acaba de lançar o elogiado disco “Prece”, celebrado por veículos como Folha de S.Paulo e o estadunidense NPR, apresenta as canções de seu novo álbum e composições que constroem o seu repertório de cantora, compositora, arranjadora e produtora musical.
Iara Rennó, indicada ao Grammy Latino em 2022 na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, traz os álbuns-irmãos “Oríkì” e “Orí Okàn”, além de passear por momentos de sua vasta e frutífera carreira.
A programação de artes visuais se estende pela Sala Juvenal Dias, com cenografia do Grupo Giramundo, e pelo Jardim das Galerias, com lasermapping do Homem Gaiola e oficina de Gráfica Urbana realizada por Artur Maciel.
Formado pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu, o Grupo Giramundo é referência no Brasil pela forma como misturam arte com cultura brasileira, abordando temas variados e sempre usando as formas animadas para se comunicar com vários públicos.
Homem Gaiola é o projeto de Rafael Cançado, arquiteto e artista digital de Belo Horizonte, que mescla arte e tecnologia em seus projetos. Com influência da cultura afro-brasileira, suas criações se estendem de vídeos a instalações em LED e performances audiovisuais.
Artur Maciel é artista visual, pesquisador e professor, mestre em Artes Visuais pela UFPB e licenciado em Artes Visuais (UFRN), tendo atuado principalmente nos temas relacionados a deslocamentos/movências; espaço/lugar. territorialidade e habitar, a partir de multilinguagens que transitam entre o desenho, gravura, produção tridimensional, vídeo e fotoperformance.
O Cine Humberto Mauro recebe a exibição de filmes como “O Encantar das Folhas” (The enchantment of leaves, César Guimarães, Pedro Aspahan, Saberes Tradicionais UFMG, Brasil, 2024) e “O Segredo do Bosque dos Sonhos” (Non Si Sevizia Un Paperino, Lucio Fulci, Itália, 1972), além de projeção do Festival de Fotografia de Tiradentes 2024.
Completando o dia, uma Feira gastronômica preenche o Jardim do Parque, uma Feira de Artes com curadorias de João Perdigão, Quartoamado e ocupa o Jardim das Galerias e um aulão e roda de capoeira são realizados no hall do Palácio, organizados pelo coletivo ACESA. O coletivo foi fundado em 1993, pelo mestre de capoeira angola e dança afro João Bosco Alves da Silva (Mestre João Angoleiro), e tem o objetivo de difundir e valorizar os saberes afro-brasileiros por meio da prática, do ensino e da pesquisa.
Além disso, entre os dias 3 e 27 de agosto, uma série de ações constroem a programação estendida do festival. No Cefart (Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado), são realizadas rodadas de conversa sobre comunicação institucional, com Márcio Simeone, da UFMG, e Nathália Vargens, da AIC (Agência de Iniciativas Cidadãs); artes digitais, com Ricardo Macêdo, da FAOP (Fundação de Arte de Ouro Preto), Fred Paulino, do Gambiologia e Sandro Miccoli; e empreendedorismo social, com Conceição dos Anjos, do Ponto Chic Favelinha, o Instituto Mano Down e Kdu dos Anjos, do Lá da Favelinha.
Fazem parte da programação também oficinas de IA em artes digitais, com Sandro Miccoli, e portfólio para grupos culturais, com Nathália Vargens e Laiene Souza, da AIC.
Nos Centro Cultural Vila Santa Rita, Centro Cultural Venda Nova e Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, o projeto Ponto Chic Lá da Favelinha realiza oficinas de bordado; e no Instituto Mano Down, é promovida uma oficina de empreendedorismo.
Sobre o Festival Criatura
O Festival Criatura é um espaço de trocas e intercâmbios criativos valorizando as diferenças em grandes proporções. Em 2024, o Festival Criatura é totalmente presencial e traz produções artísticas em formatos digitais, visuais e audiovisuais, atividades educativas e shows, oficinas, rodadas de conversas, feiras e intercâmbio para a democratização dos espaços de cultura da capital mineira. O Festival é produzido pela produtora Vai Tomando, que desde 2015 produz eventos, vídeos e programas radiofônicos de forma independente, como forma de incentivo à produção e ao consumo de arte na cidade.