Kraftwerk e seu legado gigantesco no palco de estreia do C6 Fest

A monotonia dos pioneiros na música eletrônica setentista Kraftwerk elevou a primeira noite do C6 Fest com muita tecnologia.

Abrindo a primeira noite do C6 Fest no Rio de Janeiro, a banda alemã Kraftwerk, pioneira na música eletrônica, acalentou o coração de um público fiel apreciador do gênero. O grupo foi parte do line-up de estreia do novo festival brasileiro que trouxe diversos artistas consagrados na indústria musical.

Sem saber o que esperar de uma apresentação que terminou marcante, a monotonia quase toma conta do espaço até ser surpreendida com um show de tecnologia e visuais alucinantes desde o figurino até o telão do Vivo Rio. A banda arrepia do começo ao fim com um synth-pop afiado. O ambiente é tomado por uma trilha sonora que acompanha perfeitamente os visuais em 3D como se fosse um grande projeto audiovisual ao vivo.

A setlist do grupo setentista passeia pelos mais antigos sucessos e as mais recentes (ou não tão recentes assim) produções computadorizadas que moldaram a identidade dos revolucionários Kraftwerk.

A primeira atração da edição de estreia do C6 Fest no Rio já passou por diversas reformulações na formação da banda mas sem perder a essência. Sendo assim, fácil de calcular a longevidade a proposta fria de um caminho super coerente que funciona em mais de 50 anos de atividade nos palcos e ainda carrega uma geração de frequentadores das clássicas raves entre os anos 70/80.

Eletrizantes e estilosos, a banda se despede do palco um por um enquanto desligam seus sintetizadores com muito simbolismo no adeus. Ralf Hutter, o único membro da primeira formação, é o último a se retirar. Transparecendo um sentimento tímido de dever cumprido.

De modo geral, a banda quase robótica de Düsseldorf agregou muito valor à primeira noite do festival estreante. Transformando, mais uma vez, o conceito de performance musical em algo revolucionário e icônico.

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