Em homenagem ao artista Ney Matogrosso, no dia 21 de fevereiro, o Museu da Imagem e do Som apresentou sua nova exposição celebrando os 50 anos de carreira do cantor, vocalista da banda Secos e Molhados e grande nome da música popular brasileira.
Dividida em décadas, começando pelos anos 1970 e finalizando nos anos 2000, a proposta de André Sturm, diretor-geral do MIS e curador da exposição é mostrar ao público fotografias, vídeos, obras e parte do acervo do pessoal do artista, doado ao Senac e disponibilizado ao museu, que recontam sua jornada nas últimas 5 décadas. Vale ressaltar que todas as fotos expostas foram capturadas por Madalena Schwartz, Thereza Eugênia, Ary Brandi e Daryan Dornelles.
Diferente da grande maioria das exposições do MIS, Ney Matogrosso não se destaca por sua estrutura repleta de visuais interativos, mas sim por seu conteúdo. Ao apostar por um espaço mais simples, a extravagância e autenticidade do homenageado permanece em suas indumentárias, suas perfomances e as raridades presentes na exposição, o que torna o espaço mais imersivo por seu.
Ao adentrar ao local, o espaço dos anos 1970 mostra o nascimento do ícone na cultura popular brasileira, apresentandoicônico figurino do videoclipe de “América dos Sul”, lançado no Fantástico em 1975. Além desse marco, pode-se conhecer fatos interessantes do Secos e Molhados, como o comercial de dedetização que a banda protagonizou.
Nos anos 1980, pode-se ver o auge da carreira de Ney, com álbuns como seu homônimo de 1981, que contém o hit “Homem com H” e também “Mato Grosso” (1982). Também é possível ver homenagens ao contor, como a obra do artista de rua Keith Haring – conhecido por seus trabalhos nas ruas de Nova Iorque e por seu ativismo para o combate do HIV, pauta de forte impacto na vida de Ney Matogrosso que, nesta década perdeu muitos amigos para o vírus.
Nos ambientes dos anos 1990 e 2000, os visitantes podem ver apresentações e figurinos do artista em sua maturidade, em uma fase já consolidada como um ícone. Lá, pode-se assistir alguns momentos de seu show em 1998, cantando um de seus principais sucessos, “Poema”, canção composta por Frejat e Cazuza, seu ex-namorado, que faleceu em 1990.
Além do público acompanhar os 50 anos de carreira de Ney, ao final é possível conhecer alguns novidades da cinebiografia “Homem com H” que chega às grandes telas em 1 de maio. Estrelado por Jesuíta Barbosa, o filme segue a trajetória de Ney desde sua infância como filho de um militar conservador, até seu ápice, como um figura ousada, com maquiagens e roupas extravagantes, e também seus romances, amizades e atribulações.
Para os fãs, a exibição é um prato cheio – possibilita conhecer com proximidade algumas relíquias da história de Ney Matogrosso, principalmente, ver de perto seus figurinos mais icônicos. Já o público mais leigo, terá a oportunidade de conhecer mais sobre uma grande personalidade da música, que inspirou muitos outros artistas, tanto na sonoridade, quanto no visual.
Ney Matogrosso no MIS
A exposição Ney Matogrosso possuí ingressos de R$30 (inteira) e R$15 (meia), com ingressos gratuitos toda terça-feira. O Museu da Imagem e do Som está localizado em: Av. Europa, 158 – Jardim Europa, em São Paulo. Seus horários são:
- Terças a sextas – 10h às 19h
- Sábados – 10h às 20h
- Domingos e feriados – 10h às 18h