A jornada de ansiedade entre conhecer e ouvir algo novo requer um pouco mais de desapego e menos FOMO musical
O FOMO, sigla em inglês para ‘fear of missing out’ (medo de ficar de fora) é uma síndrome relacionada a tecnologia, mas foi uma recente adição ao vocabulário de pessoas que consomem cultura pop. Seja no cinema, na tv ou sobre algum artista do momento – é difícil não ficar curioso e ansioso pra saber o que é isso que todo mundo anda comentando ou ouvindo.
No caso da música é um pouco mais tenso. Quase toda semana vemos um álbum ser aclamado pela crítica, uma recomendação em massa, um boca a boca sobre aquele novo artista com chamadas dizendo que você ‘deve’ conhecer(…) e a mudança é constante, para absorver qualquer um desses conteúdos você precisa ser ágil.
A agilidade na era dos streamings com novos singles sendo lançados a todo momento é crucial, e isso só dificulta. É impossível estar a par de tudo que está no auge do momento, e por isso o desapego é necessário – o que pode facilmente ser chamado de um filtro.
Filtrar o que você vai ouvir pode ajudar a curtir com mais calma!
Não é necessário ouvir tudo de uma vez, e todo mundo sabe que dá muita vontade de tentar descobrir coisas boas só pra atualizar aquela playlist favorita, mas vá devagar. O foco é absorver o que interessa e degustar. Não gostou? tudo bem, pule para a próxima faixa.
Os streamings podem ter percebido isso quando começaram a criar playlists específicas para o seu gosto semanalmente, indicação de novos artistas baseados em outros que já escuta, algum lembrete daquele artista que você ouviu duas músicas em 2018 e adorou… mas que depois simplesmente não acompanhou mais.
O segredo é descobrir qual a fonte que mais te agrada.
Uma boa dica é: procure uma curadoria que você se identifica, algum lugar que te apresentou ótimos artistas, te indicou aquela música que te deixou no vício por meses.
E assim focar em adaptar o seu interesse, dessa maneira o gosto vai refinando, mas não de forma pedante. Refinar no sentido de saber exatamente o que você gosta e o que vai realmente te fazer ouvir aquele lançamento.
Dessa forma ninguém vai ficar perdido na playlist de mood, para quando cair algo estranho no shuffle acabar fazendo aquela cara feia.